Rui Barreiro reiterou as suas críticas à gestão de Bruno de Carvalho na presidência do Sporting e mantém em aberto uma possível candidatura às eleições leoninas no próximo ano.
Em entrevista à Rádio Renascença, o membro do Conselho Leonino que se tem destacado como um dos rostos da oposição interna do presidente do Sporting acredita que irão surgir mais candidatos à presidência. "Se vier a ser candidato anunciarei publicamente e não o farei de outra forma. Sou apontado como opositor interno e esse título é o que me basta. Espero, sinceramente, que surjam outras alternativas à atual presidência e farei o que estiver ao meu alcance", disse.
"Sempre disse que esperava uma mudança de atitude e uma postura diferente, mas já percebi que vai ser difícil, portanto, espero que a continuidade de Bruno de Carvalho não aconteça. Se isso acontecer, então espero que a equipa diretiva faça com que não haja aspetos que afetem o futuro do Sporting", acrescentou, antes de acusar o líder leonino de ter um "complexo de inferioridade permanente" em relação a Benfica e FC Porto: "Este ano estamos a lutar para o título com o Jesus e por isso há entusiasmo na hostes sportinguistas e ainda bem. Acho que na gestão global era possível fazer melhor, era possível não ter este complexo de inferioridade permanente perante os adversários e ter uma postura de respeito e tolerância face aos adversários e aos sportinguistas que pensam de forma diferente"
Paralelamente, Rui Barreiro desmonta a ideia da recuperação financeira do Sporting com o exemplo da venda de Montero no mercado de inverno por cinco milhões de euros para a China. "A venda de Montero em janeiro mostra a necessidade de ter dinheiro. Não se vende um ativo como aquele jogador, que estava adaptado e marcava golos quando entrava, se não houvesse uma necessidade financeira a curto prazo. Ao contrário do que dizem a situação financeira do Sporting é preocupante", frisou.
A terminar, o sócio do Sporting garante não ter infringido qualquer regra do Conselho Leonino. "Nunca violei nenhuma regra a que um conselheiro está obrigado. A minha primeira discordância prendeu-se com Marco Silva e a partir de daí fui incluído numa espécie de lista negra, apresentado como opositor-mor. Isso não corresponde à verdade, não tomei uma posição contrária aos regulamentos do Conselho Leonino", concluiu.
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