Em entrevista ao Jornal “Record”, José Couceiro falou sobre a sua experiência enquanto treinador e como tudo se precipitou para esta situação.
José Couceiro veio para o Sporting, numa primeira fase, para o cargo de director-geral. O objectivo era chamar para si «poderes que eram do presidente», de modo a que este ficasse «mais resguardado e poupado», numa altura que José Eduardo Bettencourt já se encontrava fragilizado.
Porém, 15 dias depois ‘cai o presidente’ que tinha feito chegar o dirigente a Alvalade. José Couceiro admite ter pensado em demitir-se, mas preferiu ficar em funções, uma vez que o presidente se iria manter «em gestão até final de Fevereiro».
A verdade é que perante os maus resultados, Paulo Sérgio não resistiu e o director que disse que nunca treinaria o clube, acabou por assumir o cargo. Algo que este admite ter feito, por não haver alternativa.
«Pesou a vontade da administração da SAD e pesou também eu perceber que nenhum técnico aceitaria treinar o Sporting, logo teria de ser uma solução interna (…) Mais: se eu estivesse fora não aceitaria treinar o Sporting. É um risco que pode acabar com uma carreira», afirmou.
Sobre a sua entrada no balneário em novas funções, José Couceiro foi claro: «Fácil, fácil. Tal como quando entrei em Janeiro e fui ao balneário (…) As pessoas podem ter respeito e consideração por alguém, mas não significa que não tenham exactamente o mesmo respeito e consideração por outro. Se os jogadores não respeitassem quem esteve com eles, significaria que muitos deles não me iriam respeitar no futuro».
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