Sérgio Conceição, treinador do FC Porto, foi absolvido pelo Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol na sequência dos incidentes ocorridos no estádio do Dragão no final do clássico frente ao Sporting.
Na sequência dos incidentes no Dragão, em fevereiro último, Vítor Baia e Rui Cerqueira foram suspensos por 25 e 115 dias, respetivamente. O FC Porto paga ainda cerca de 16,300 euros. Vítor Baía é multado em 3,440 euros e o diretor de comunicação dos portistas paga cerca de 3825 euros.
De acordo com o comunicado, Vítor Baia foi castigado depois dos insultos a Frederico Varadas, reconhecidos pelo antigo guarda-redes. O clube azul e branco foi multado por ter ironizado pelo facto de Frederico Varandas ter ficado sem telemóvel e documentos ns sequência dos incidentes da garagem no Dragão. "publicação consubstancia conduta grosseira, sendo rude, ético-juridicamente incorreta e atentatória dos padrões de conduta esperados e minimamente exigíveis a qualquer sociedade desportiva que disputa as competições profissionais, até pelo reflexo negativo que tem na imagem dessas mesmas competições", pode ler-se.
Rui Cerqueira foi suspenso (115 dias) depois de ter batido com uma das suas mãos na mão direita de Frederico Varandas "com que este segurava o telemóvel para filmar, o que provocou a queda instantânea do telemóvel.
Sérgio Conceição foi absolvido, embora próximo "Presidente da SAD participante", a prova "não permite uma clara e inequívoca determinação do teor das palavras por si eventualmente proferidas", pode ler-se em relação aos alegados insultos.
Sanções cumpridas nas férias
Apesar das suspensões, o Regulamento Disciplinar das Competições da Liga “permite que as sanções de suspensão por tempo sejam cumpridas ‘nas férias’”, por não emular o regulamento da FPF que previne essa possibilidade.
Assim, com a decisão tomada já depois do fim da época, as suspensões acabam por abranger o período de pausa desportiva, com a de Vítor Baía finda antes da retoma desportiva.
“Ao contrário da suspensão prevista no Regulamento da Federação, que impede os dirigentes de estarem presentes em recintos desportivos, a suspensão prevista no Regulamento da Liga apenas impede os dirigentes de estarem presentes na zona técnica”, pode ler-se na decisão hoje conhecida.
Da instauração do processo, pela Comissão de Instrutores da Liga Portuguesa de Futebol Profissional, foi remetida acusação aos quatro arguidos (três pessoas e a SAD ‘azul e branca’) em 02 de maio.
Quanto ao antigo guarda-redes, a decisão fundamentada nota os vários insultos que este dirigiu ao presidente do Sporting, Frederico Varandas, tendo confessado “a conduta ofensiva da honra de outro agente desportivo”, o que atenuou a pena aplicada.
A SAD dos ‘dragões’ foi punida por publicações nas redes sociais, sendo absolvida de outras acusações, com o CD a fundamentar a decisão mais ‘pesada’ sobre Rui Cerqueira em vários pontos.
Foi dado como provado que o dirigente bateu numa mão do presidente ‘leonino’, fazendo cair o telemóvel que este segurava, com o CD a elencar vários elementos de prova, como o pedido, por parte de Varandas, de renovação do cartão de cidadão que “se encontrava guardado na capa do telemóvel”, entre outros.
Sérgio Conceição, por seu lado, foi absolvido, porque a prova produzida coloca-o próximo de Varandas, mas “não permite uma clara e inequívoca determinação do teor das palavras por si eventualmente proferidas”.
Em 11 de fevereiro, o encontro FC Porto-Sporting, da 22.ª jornada da I liga, que terminou empatado 2-2, ficou marcado por desacatos entre jogadores e elementos das duas equipas, com o árbitro a mostrar vários cartões vermelhos.
Após o apito final de João Pinheiro, os jogadores das duas equipas envolveram-se em empurrões, com o árbitro a expulsar quatro jogadores, dois de cada equipa: os 'dragões' Marchesín e Pepe e os 'leões' Tabata e Palhinha, além de alguns elementos das estruturas.
Um dia depois do jogo, o Sporting anunciou a intenção de apresentar uma queixa-crime contra Sérgio Conceição, treinador do FC Porto, Vítor Baía, vice-presidente e administrador da SAD portista, e Rui Cerqueira, diretor de imprensa do clube, por “agressões verbais e tentativas de agressão física” ao presidente do clube, Frederico Varandas.
O FC Porto reagiu à intenção dos ‘leões’, negando as acusações feitas e desmentindo quaisquer agressões ao líder do clube de Alvalade.
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