Sérgio Conceição, treinador do FC Porto, olhou para os três anos que leva à frente dos 'dragões', numa entrevista publicada esta sexta-feira pelo jornal 'O Jogo'. Três anos que o técnico considera "de sucesso", embora reconhecendo o percalço que foi a não entrada na Liga dos Campeões na temporada passada. Algo que, segundo o treinador dos 'azuis e brancos', mostra que a diferença entre o futebol português e as principais Ligas estrangeiras se está a acentuar.
"Neste último ano, tivemos algumas dificuldades no início que nos custaram a entrada a Liga dos Campeões, onde estamos habituar a estar. Houve muita gente a chegar em cima da hora, o que vai entroncar naquilo no que eu acho sobre o facto de o futebol português estar cada vez pior, enfrentando uma "décalage" para o futebol das equipas das principais ligas cada vez maior", começou por dizer o técnico.
Na mesma entrevista, contudo, Conceição destaca a forma como a equipa reagiu a esse contratempo numa época que terminou com a 'dobradinha'. "Tivemos esse dissabor de não ter corrido tão bem a Europa, mas criando um grupo de certa forma consistente e melhorando gradualmente a nossa equipa. Conseguimos conquistar dois títulos. Houve diferentes momentos nas três épocas, sempre com uma forma de estar que acho importante: de grande exigência, rigor, determinação e ambição no jogo e no dia a dia. Isso foi determinante nestes três anos que considero de sucesso", explicou.
Ainda nessa mesma entrevista concedida ao jornal 'O Jogo', Sérgio Conceição abordou a questão do regresso de Nakajima aos treinos, depois de este ter recusado treinar no regresso à atividade depois do interregno ditado pela COVID-19, sublinhando que foram os colegas que pediram a reintegração do japonês. "Nakajima sofreu um bocado porque, no momento em que se sentia psicologicamente apto, teve de sofrer a consequência do seu gesto. Isso é normal. E só está aqui porque temos um grupo de trabalho fantástico. Os colegas fizeram muita força para que o Nakajima voltasse", sublinhou o técnico.
A fechar, Conceição falou do futuro e de uma eventual renovação de contrato, que termina no final da época que agora arranca. "Tenho contrato por mais um ano. Vamos ver daqui a uns tempos o que vai acontecer. Esse tema já foi falado e abordado, mas há coisas mais importantes, até porque os contratos nunca foram, desde que cheguei aqui com 16 anos, um problema para mim nem para o presidente", concluiu na referida entrevista àquele jornal.
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