Assim que terminou o jogo com o Boavista, no Estádio José Alvalade, em Lisboa, que o Sporting venceu por 1-0, começou a festa do título por este Portugal fora.
Especial Sporting Campeão 2020/21: saiba tudo sobre o 19.º título dos Leões
Centenas celebram título junto ao Núcleo do clube em Setúbal
O Núcleo do Sporting de Setúbal, no Bairro do Monte Belo, foi o epicentro das celebrações de centenas de adeptos do clube da cidade sadina pela conquista do 19.º título de campeão nacional.
Ao mesmo tempo, na Avenida Antero de Quental, em frente ao reduto dos ‘leões’, começou a formar-se uma caravana automóvel com os adeptos do Sporting a buzinarem repetidamente e empunharem cachecóis e bandeiras.
A euforia dos sportinguistas, que voltaram a celebrar o título nacional 19 anos após a última conquista, era evidente, com cânticos de apoio como “campeões, campeões, nós somos campeões”.
Eufórico pelo momento vivido estava João Gonçalves, adepto que foi para junto do Núcleo do clube acompanhado por outros dois amigos sportinguistas e que confessou ter esperado muito tempo pelo dia de hoje.
“Sonhei muito com este momento. A espera foi longa, mas valeu a pena. Estamos aqui hoje a celebrar numa altura em que ainda faltam duas jornadas para o final. É espetacular. Agora, é acabar o campeonato invicto”, desejou.
No centro da cidade de Setúbal, cerca de uma hora após o final do jogo com o Boavista, o ambiente era bem mais calmo em comparação com o vivido no Bairro do Monte Belo, conforme testemunhou a agência Lusa.
Se por um lado, vários automóveis buzinavam na Avenida Luísa Todi, principal artéria setubalense, a Praça de Bocage, ‘coração’ da cidade, estava completamente vazia, confirmando que o epicentro das celebrações do campeonato conquistado foi mesmo o Núcleo do Sporting de Setúbal.
“Onda” verde e branca inundou a cidade de Leiria
Uma “onda” verde e branca inundou a cidade de Leiria, onde centenas de adeptos sportinguistas festejaram o 19.º título de campeão nacional de futebol alcançado pelo clube, 19 anos depois da última conquista. Assim que terminou o jogo. dezenas de carros e centenas de pessoas começaram a confluir para a zona da Fonte Luminosa, ocupando esta, a rotunda do Sinaleiro e as imediações.
A alegria dos adeptos - muitos dos quais envergando cachecóis e camisolas, mas nem todos cumprindo o distanciamento físico, como constatou a Lusa no local - foi acompanhada de foguetes, petardos, buzinadelas e cânticos.
“Fui campeão há 19 anos aqui neste sítio onde estou agora”, disse Richard Oliveira, hoje com 39, que se fez à festa acompanhado da mulher e da filha, de cinco anos, que “ainda não é sócia, mas vai ser brevemente”.
Para o adepto, “é preciso ser diferente e ter um grande espírito de sacrifício”, para, “ao fim de 19 anos”, viver esta que “é a melhor emoção do mundo”.
“Leiria é um dos grandes bastiões sportinguistas do país”, acrescentou, para lembrar que há quase duas décadas “foi exatamente a mesma coisa, uma onda de energia” que agora se repete e que “há muito os sportinguistas precisavam e mereciam”.
Já Flávio Nunes, nascido em 2002, quando, há 19 anos, o Sporting se tinha sagrado campeão pela última vez, admitiu: “Hoje é o dia mais feliz da minha vida. É o dia em que vejo o meu clube ser campeão pela primeira vez”.
Fábio Barbosa, de 27 anos, “portista completo”, festejava com Flávio e outros amigos.
“Os sportinguistas também merecem ser campeões. Não pode ser só o Benfica e o FC Porto”, declarou.
Celeste Tomás, de 57 anos, estava igualmente junto à Fonte Luminosa, onde, há 19 anos, também marcou presença.
“Estou muito feliz, muito contente”, declarou, antecipando uns festejos mais contidos devido à pandemia, mas garantindo que esta “não vai tirar a alegria”.
Alegria era também o que sentia Gustavo Costa, de 28 anos, da Guiné-Bissau, e agora trabalhador-estudante em Leiria.
“Nasci sportinguista”, garantiu, referindo que os seus pais também já tinham este emblema no coração.
Para Gustavo Costa, ver o Sporting campeão “é uma emoção muito forte, inexplicável”.
Mais de uma hora após o apito final, a multidão de adeptos mantinha-se no local, com muitos a entoarem “Campeões, campeões, nós somos campeões” e “Sporting olé”, continuando as buzinadelas dos automobilistas a acompanhar os festejos, mas a desmobilização parecia começar devido à chuva.
Até às 23:30, a PSP não tinha registado nenhum incidente relacionado com os festejos no distrito de Leiria.
Pai e filho vivem "sensação inexplicável" em Braga pelo título dos 'leões'
Dezanove anos depois, e apesar da chuva incessante, a cidade de Braga acolheu com muito fervor ‘leonino’ a conquista do 19.º título português de futebol do Sporting.
"É uma sensação inexplicável, inacreditável mesmo, ainda só tinha visto por vídeos uma festa assim, mas presencialmente é uma coisa do outro mundo", explica à agência Lusa João Duarte, de 18 anos.
O pai, Manuel Duarte, de 52 anos, já tinha avisado: "para mim é uma grande alegria, para ele é a primeira vez".
O treinador Rúben Amorim e o capitão Coates são os destaques para o jovem que se estreia a ganhar o campeonato, mas o pai destaca o "coletivo".
Manuel Duarte elogiou ainda a estrutura liderada por Frederico Varandas e considera que o facto de o Sporting não ganhar há muito tempo permite-lhe "apreciar" esta conquista "de forma diferente, com outro requinte e intensidade".
"O que é admirável é que se ganha menos, mas não se perdem adeptos, o sportinguismo é um sentimento diferente", diz à Lusa.
Largas centenas de carros enchem de buzinadelas as principais artérias do centro da cidade, com paragem obrigatória a meio da Avenida Central, onde muitos, apeados, se juntam para saudar quem passa, entoando cânticos aos ‘leões'.
Com a vitória sobre o Boavista (1-0), na 32.ª jornada da I Liga, o Sporting conquistou o seu 19.º título nacional de futebol da sua história.
Dezenas saem à rua em Bragança e Mirandela para festejar título dos leões
Dezenas de pessoas saíram à rua em Bragança e Mirandela para festejar o 19.º título do Sporting, em manifestações acompanhadas de perto pela Polícia de Segurança Pública (PSP).
No distrito de Bragança é na cidade de Mirandela que a festa se faz de forma mais organizada, com cerca de uma centena de pessoas na rua "em grupos de 20 a 30 pessoas", adiantou à agência Lusa o Comandante Distrital da PSP, José Neto.
Com um núcleo sportinguista formado na cidade do Tua, foi organizada uma caravana de automóveis que tem percorrido a cidade, num movimento previamente coordenado com as autoridades.
Já em Bragança, onde o núcleo sportinguista tem estado desativado há um par de anos, os festejos aconteceram de forma espontânea, com dezenas de pessoas a dirigirem-se à Avenida Sá Carneiro, uma das principais artérias da cidade e habitual palco de festejos das conquistas desportivas.
Miguel Ramos, de 21 anos, não tem "memória" de ver o Sporting campeão de futebol, pelo que decidiu "improvisar", com uma camisola oficial do clube, acompanhado pelo pai, Frederico, ‘armado' de cachecol verde e branco, e a mãe, Luísa, com um chapéu leonino, que os acompanha "por solidariedade".
"Juntámo-nos na Sá Carneiro, que é onde está a ser a festa. Não está nada organizado, mas temos de improvisar. É como quando Portugal foi campeão [em 2016]. Aqui em Bragança sentimos as coisas e vamos para a rua, juntamo-nos, conhecemo-nos. Não se consegue explicar", declarou Miguel Ramos, que agora espera "ver muitas vezes o Sporting campeão".
O pai, Frederico, apoiou a saída festiva como "aprendizagem".
"Temos de festejar e fazer estes jovens verem a alegria que é o Sporting e a grande instituição que é", explicou à agência Lusa.
Camisolas, cachecóis a abanar, cerca de uma centena de carros a apitar e alguns com bandeiras verdes com o símbolo do Sporting estampado são agitadas, num movimento atentamente acompanhado pelas autoridades.
De acordo com José Neto, foi mobilizado "um dispositivo simpático, quer em Bragança quer em Mirandela", com o apoio por duas equipas de intervenção rápida, uma em cada cidade.
Título festejado em Chaves com alguns adeptos em estreia
Os adeptos sportinguistas encheram os cafés e depois as ruas de Chaves para festejar, alguns pela primeira vez, a conquista do 19.º campeonato da I Liga portuguesa de futebol, alcançado na terça-feira pelo clube de Lisboa.
O início da noite para muitos adeptos do Sporting em Chaves, no distrito de Vila Real, foi em cafés e bares para assistirem à vitória dos ‘leões’ por 1-0 sobre o Boavista, que permitiu a festa pela conquista do campeonato nacional 19 anos depois.
Para alguns dos sportinguistas flavienses, este festejo acontece pela primeira vez.
É o caso de Miguel Silva, de 17 anos, e que contou à agência Lusa não saber como festejar por desconhecer o sentimento que teria.
“Nunca tinha vivido nada assim, mas esta é uma época completamente diferente, em que dá gosto ver jogar a equipa”, conta o jovem natural de Chaves, sportinguista por influência do pai.
No bar Ilha do Cavaleiro, em pleno centro da cidade transmontana, perto de meia centena de sportinguistas, com as devidas distâncias devido à pandemia de covid-19, aproveitaram a esplanada de grande dimensão e arejada para assistir ao jogo do título.
Muitos deles jovens, como o caso de João Nuno, que, aos 19 anos, tinha cerca de cinco meses na última vez que o Sporting foi campeão.
“O meu pai é sportinguista ferrenho e por isso é que sou do Sporting. Estava desejoso de ver este dia chegar, pois nunca vi tal coisa”, confessou.
O jogador da formação do Desportivo de Chaves, que chegou a fazer captações no Sporting e que atualmente representa o Vilar de Perdizes, do campeonato distrital de futebol de Vila Real, elogia todo o conjunto ‘leonino’ liderado por Rúben Amorim.
Do bar, para as ruas da cidade, mal o árbitro soou o apito final, começou a festa em Chaves, com os carros a saírem à rua, para a rotunda do Monumento, onde nas últimas épocas os adeptos do Benfica e FC Porto têm festejado os campeonatos das suas equipas e onde se têm assinalado os êxitos do Desportivo de Chaves.
Muitos de passagem, com os carros a buzinar e a abanar os cachecóis, e algumas dezenas a pé, apesar do frio e alguma chuva, nuns festejos que não esqueceram o nome do médio Pedro Gonçalves, natural de Vidago, no concelho de Chaves.
Também foram muitos os foguetes que se ouviram um pouco por toda a cidade.
Pedro Miguel Ramos, de 33 anos, contou à Lusa que nos últimos dois títulos tinha 11 e 13 anos, respetivamente, e que ansiava pelo regresso aos festejos.
Apesar de este ter sido “pouco expectável” após as saídas das referências do Sporting, em dois momentos diferentes, primeiro após o incidente em Alcochete e depois na época passada, o flaviense destacou a capacidade da equipa e treinador em serem “competentes”.
Perante a festa em Chaves, Pedro Miguel Ramos salientou ainda que a moldura humana “mostra que o Sporting é um clube de Portugal”.
“Como em todo o norte, há muito sportinguista que por falta de títulos não se manifestava regularmente. Foi um grande deserto que agora acabou”, apontou.
Milhares de 'leões' celebram regresso aos títulos em Faro
Milhares de adeptos sportinguistas saíram à rua em Faro para celebrar um título "incrível e fantástico" do Sporting, celebrando o golo decisivo de Paulinho frente ao Boavista (1-0).
"Isto é incrível, é fantástico. Não me lembro de ver o Sporting campeão. Eu tinha nove anos da última vez, não tenho memória nenhuma, mas isto é incrível", disse Alexandra Sousa, de 28 anos, à agência Lusa.
A adepta ‘leonina' foi uma entre milhares de simpatizantes algarvios do Sporting, que começaram a noite junto ao núcleo sportinguista local e se dirigiram depois a pé até à baixa, uma vez que a PSP cortou o trânsito automóvel nas principais artérias da cidade.
"Sinceramente, não acreditava. A meio da época, começou a tremer, mas até ao fim foi sempre a acreditar. A figura decisiva? Foi o Paulinho, que marcou o nosso golo hoje (terça-feira)", declarou Alexandra Sousa, sem esquecer o presidente, Frederico Varandas, pela "boa contratação" de Rúben Amorim,
Filipe, outro adepto dos ‘leões’, também expressou uma "emoção muito grande" pelo regresso aos títulos do Sporting, 19 anos depois do último campeonato nacional conquistado pelo emblema lisboeta.
"Isto é espetacular. Não estávamos à espera. É nossa e já ninguém nos tira. [Em 2002] era muito novo, tenho 25 anos, lembro-me vagamente, mas isto é espetacular. Não há melhor", disse.
Na baixa da capital algarvia, entre milhares de adeptos, Filipe admitiu que, no início da temporada, "não acreditava" no título.
"Fiquei chateado quando veio o Ruben Amorim, mas foi uma grande ‘chapada' na cara que eu levei e ainda bem", frisou.
Para outro adepto do Sporting, Carlos, de 45 anos, "a humildade, a confiança, muita dedicação e a simplicidade" foram decisivas no 19.º título do Sporting.
"Nem precisámos de milhões. A figura decisiva foi o Paulinho, hoje foi o finalizador. O Rúben Amorim é um treinador com futuro", declarou o simpatizante sportinguista.
Centenas de adeptos celebram conquista em Castelo Branco
Algumas centenas de pessoas concentraram-se na terça-feira na Rotunda da Europa, em Castelo Branco, para festejar a conquista do 19.º título de campeão nacional do Sporting, com o lançamento de fogo de artificio e muitos cânticos.
Poucos minutos após o apito final do encontro entre Sporting e Boavista, que os ‘leões’ venceram por 1-0, a Rotunda da Europa, que já se tornou no espaço predileto para os albicastrenses festejarem conquistas desportivas, começou a encher-se de adeptos sportinguistas que chegavam a gritar "Sporting campeão, Sporting campeão".
A PSP controlava discretamente o espaço e fechou a rotunda à circulação rodoviária, facto que permitiu a livre circulação das pessoas por toda a zona, onde o uso da máscara era uma regra a cumprir, face às restrições impostas pela pandemia de covid-19.
Carolina Delgado, de 23 anos, não se lembrava de ver o Sporting se sagrar campeão nacional de futebol: "É estranho!", afirmou.
Acompanhada da mãe e do namorado, ele benfiquista, ficaram a assistir aos festejos de grupos de jovens, que no relvado que cobre a rotunda, pulavam e gritavam "Sporting campeão, Sporting campeão".
De quando em vez, lá saía mais uma salva de fogo de artifício verde e branco para animar a festa e, um pouco por toda a cidade, ouviam-se buzinadelas oriundas de alguns grupos de viaturas.
À Lusa, o presidente do Núcleo de Castelo Branco Sporting Clube de Portugal, José Ribeiro, disse que não organizaram para hoje qualquer comemoração para evitar problemas, devido ao período de pandemia e às restrições da situação de calamidade.
Este responsável adiantou que o núcleo está a preparar algumas iniciativas para a última jornada da I Liga, após o final da receção do clube ‘leonino’ ao Marítimo.
Centenas de adeptos transformam Ponta Delgada em “inferno verde”
Centenas de adeptos sportinguistas transformaram na terça-feira as Portas da Cidade, em Ponta Delgada, nos Açores, num ‘inferno verde’, para celebrar o 19.º título de campeão nacional de futebol, após o triunfo dos ‘leões’ diante do Boavista (1-0).
Na principal praça da maior cidade açoriana, pairava uma fumaça verde e, apesar da pandemia de covid-19, vários adeptos concentraram-se nas Portas da Cidade para gritar cânticos evocativos do clube.
“Isto é o inferno verde. Ansiava isso há muito tempo. Há 19 anos que não éramos campeões. Eu era pequeno quando fomos campeões. Celebrávamos Taças de Portugal e Taças da Liga, mas não era a mesma coisa. Isto é um orgulho de vida”, declarou à agência Lusa Pedro Batista, adepto sportinguista de 26 anos.
O adepto açoriano enalteceu o trabalho do treinador Rúben Amorim, que considerou uma “excelente aposta” do presidente Frederico Varandas.
“Estava há anos à espera deste dia que finalmente chegou. Eu até nem gosto muito do meu presidente, mas é preciso elogiar a aposta no Rúben Amorim”, assinalou.
Durante os festejos, houve um festival de fogo de artifício e largas dezenas de carros formaram um buzinão que entupiu a Avenida Marginal de Ponta Delgada.
Apesar de algumas exceções, a maioria dos adeptos estava de máscara, sendo que, em muitos casos, não se verificava o distanciamento físico para evitar a propagação do novo coronavírus.
Com uma camisola do Sporting vestida, Vasco Feleja assumiu que a pandemia de covid-19 o deixou hesitante em ir festejar o título, mas salientou que não podia perder esta “oportunidade histórica”.
“É uma situação que me deixa sempre um bocado reticente devida à situação toda que estamos a passar desta pandemia. Eu tento salvaguardar sempre a minha saúde para não transmitir também para os meus”, afirmou.
E acrescentou: “é um momento único na minha vida, eu já chorei, confesso, eu emocionei-me. O Sporting é muito grande. O Sporting passa de geração em geração na minha família e eu tenho uma filha que faz agora quatro meses”.
Vasco Feleja festeja juntamente com a sua família e com o amigo Nuno Sousa, de 32 anos, que destacou que “este é um dia há muito aguardado pela nação sportinguista”.
“Infelizmente, não podemos festejar com a força que nós queríamos por causa da covid-19, mas de qualquer forma é uma festa inesquecível porque foram muitos anos há espera. Eu ainda não caí em mim que o Sporting foi campeão outra vez”, atirou.
Para o sportinguista, o “segredo” do título está na “aposta na formação”, na “humildade da equipa” e no treinador Rúben Amorim.
Se a maioria dos adeptos formavam um ajuntamento na zona da Avenida Marginal, algumas pessoas também celebravam ligeiramente mais atrás, perto da estátua Gonçalo Velho Cabral, descobridor da ilha de São Miguel, de forma mais dispersa.
É o caso de Milton Araújo, que foi com a filha de oito anos e com o sobrinho de seis, celebrar o título, assumindo que chegou a pensar em não ir devido à pandemia.
“Cheguei a pensar não vir por causa da pandemia, mas também não sei quando tempo é que vai demorar até ao próximo campeonato. Esperava esse dia há 19 anos. O campeonato é justo e o principal obreiro é o treinador”, apontou.
Madeira festeja em contrarrelógio apesar do tempo extra concedido
Com o recolher obrigatório entre as 23:00 e as 05:00 na Madeira, os sportinguistas tiveram apenas duas horas para festejarem nas ruas do Funchal, com as autoridades a permitirem mais uma hora do que a estipulada.
A Avenida do Mar, na baixa do Funchal, foi o local escolhido como já é habitual, para festejar as conquistas desportivas, este ano celebrada em tons de verde e branco, como há muito já não acontecia.
O Sporting sagrou-se na terça-feira campeão português de futebol pela 19.ª vez, 19 anos após a última conquista, ao vencer na receção ao Boavista, por 1-0, com um golo de Paulinho, aos 36 minutos do jogo da 32.ª jornada da I Liga.
Quando faltam duas jornadas para o fim do campeonato, os ‘leões’ somam 82 pontos, mais oito do que o FC Porto, segundo classificado, que detinha o título.
Centenas de madeirenses não quiseram perder a oportunidade de festejar no ‘coração’ da cidade, mas na sua grande maioria não abandonaram as viaturas fazendo uma marcha lenta e com muitas paragens para buzinar e celebrar com quem nas ruas fazia a festa que escapava há 19 anos.
Curiosamente, a idade do filho de Ricardo Escórcio, um dos muitos adeptos que se encontrava na capital madeirense, que contou à Lusa, o “orgulho” que sente por ver o filho festejar um título pela primeira vez.
“Esta espera foi muito sofrida, quem é sportinguista sabe do que falo. É com muita alegria que estamos cá, não interessa quantos anos se passaram”, declarou o sportinguista de 47 anos, garantindo que, para o ano os festejos serão “com copos, sem pandemia e com o Sporting outra vez campeão”.
Quando questionado sobre as peças fundamentais para esta conquista não hesitou em falar no presidente Frederico Varandas, que “apostou nas pessoas certas”, referindo que a aposta na formação é um “exemplo para o futebol português.
Gonçalo Moura, de 39 anos, que festeja pela primeira vez na Madeira, tendo celebrado dois títulos em Lisboa, garante que se não fosse o recolher obrigatório imposto pelo Governo Regional a “festa ia durar a noite toda”.
O adepto que se fez acompanhar de toda a sua família, sportinguista, fez questão de referir, salientou o percurso “irrepressível” da formação comandada por Rúben Amorim, “um treinador jovem, que liderou uma equipa jovem”, garantindo que “só vê coisas boas para o Sporting a partir daqui.”
Manuel Andrade, de apenas 15 anos, não escondeu a emoção da conquista do título, o primeiro que vê a sua equipa do coração vencer e, assume que “sem Coates não tínhamos ganho o campeonato”.
As autoridades locais permitiram que os festejos se alongassem por mais 50 minutos, dispersando a multidão quando o relógio marcava 23:50, que ordeiramente acatou as ordens e respeitou as medidas impostas face à pandemia de covid-19.
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