O Sporting anunciou hoje que o defesa brasileiro Xandão vai deixar o clube e já não treinou hoje com a equipa, pois não foi igualada uma proposta de três milhões de euros pelo futebolista, numa situação que estava prevista no contrato.
«O Xandão já não treinou hoje. O Sporting não exerceu nem igualou a proposta de três milhões de euros prevista no seu contrato de cedência. O passe pertence à Traffic, que o vai colocar onde bem entender», disse Pedro Sousa, diretor de comunicação do clube, antes da conferência de imprensa do treinador Jesualdo Ferreira
Pedro Sousa acrescentou ainda que esta situação estava prevista no contrato do defesa brasileiro, que chegou ao clube por empréstimo no mercado de inverno da anterior temporada.
«O seu contrato previa esta situação e o contrato é de dezembro de 2011. Não existe outro jogador do atual plantel com cláusula idêntica», referiu.
O técnico Jesualdo Ferreira referiu que não ficou agradado com a saída de Xandão, numa altura em que o clube já não pode procurar uma solução no mercado.
«Não foi agradável, mas são situações que surgem na nossa vida. Financeiramente não fomos capazes de acompanhar as propostas que recebeu. O Xandão foi jogador que evoluiu bastante, tem boas condições e é apetecível no mercado», disse.
Jesualdo Ferreira considerou ainda que as regras deviam ser iguais em todos os países da Europa, criticando o facto dos campeonatos da Rússia e Ucrânia poderem inscrever jogadores até mais tarde.
«Temos um mercado com dinheiro que joga fora das regras, porque se termina em janeiro na Europa é para todos. Qualquer equipa da Ucrânia ou Rússia pode comprar e outras têm que aceitar, o que não me parece correto. São regras que não consigo entender e não está nada bem», defendeu.
O treinador afirmou ainda que vai lutar pelos objetivos do clube, que é chegar a um lugar europeu, com os jogadores ao seu dispor.
«Neste contexto ficamos reduzidos ao que temos. Estes são os jogadores que temos e é com estes que vamos para a guerra e para a luta para conquistar aquilo que queremos», referiu.
Sobre o facto de existirem ou não salários em atraso do clube, o técnico afirmou que não podia responder pois não tinha «dados para tecer qualquer comentário».
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