O treinador do Vitória de Guimarães, Luís Castro, assumiu hoje a vontade de implementar um futebol "apoiado", com muitos jogadores envolvidos no ataque, para conduzir a equipa da I Liga portuguesa de futebol à Liga Europa.
Os vimaranenses cumpriram hoje o primeiro dia da época 2018/19, com 27 dos 31 elementos do plantel a apresentarem-se para os exames médicos, e o treinador, contratado neste defeso ao Desportivo de Chaves, adiantou que a sua equipa vai "trabalhar desde o início" para chegar à Liga Europa, através de um modelo de jogo que privilegia o ataque com muitos jogadores, sem descurar a defesa.
"É uma equipa que quer muito chegar ao golo, de forma apoiada, em que cheguemos todos juntos à frente e consigamos ter a equipa equilibrada atrás. É uma procura constante do golo, sem ser um jogo tão direto, como muitas vezes acontece debaixo de uma ou outra pressão que nos tira a lucidez", antecipou, à margem do anúncio de dois novos patrocinadores do clube, em Santa Maria da Feira.
Depois de ter obtido um sétimo lugar pelo Rio Ave, na época 2016/17, e um sexto posto pelos flavienses, na época passada, Luís Castro assumiu que a "exigência" de atingir "patamares superiores na tabela" o obriga a implementar a ideia de jogo que preconiza de "forma mais rápida e mais competente" e a conseguir resultados quando a equipa não estiver ainda no seu melhor.
"Uma coisa é resultados. Outra é o jogar. Eu gostaria muito que os resultados acontecessem de forma imediata, mas não espero que a equipa jogue ao seu mais alto nível de forma imediata. É um processo de construção", anteviu o técnico de 56 anos.
O novo 'timoneiro' vitoriano disse ainda que o clube, para atingir a meta desejada para a temporada, precisa de se "rodear dos melhores", tendo-se mostrado convicto que o plantel ao seu dispor vai estar preparado para superar as "grandes batalhas" que o esperam numa época "longa".
Luís Castro disse ainda que é "muito prematuro" apontar "se há muitas debilidades ou não na equipa", já que "não há nenhum treinador que consiga sentir a equipa sem dias e semanas de trabalho", mas admitiu a necessidade de ajustes no centro da defesa - tem, para já, Marcos Valente, João Afonso e Pedro Henrique -, no meio-campo e nas faixas do ataque.
Questionado sobre a eventual "exigência" dos adeptos vitorianos, o treinador preferiu focar a "responsabilidade com a sua consciência" e prometeu apenas trabalho, tendo ainda realçado que as equipas e os treinadores existem para deixar os adeptos, as administrações e as suas próprias famílias "felizes".
Os avançados Rafael Martins e Junior Tallo foram dois dos elementos ausentes nos exames médicos de hoje - os outros foram Celis e Hurtado -, mas, apesar dos rumores sobre as suas saídas e do "modelo de negócio" de compra e venda que vigora no futebol profissional, o técnico reiterou que os pontas de lança são ainda jogadores do Vitória.
O presidente do Vitória de Guimarães, Júlio Mendes, esteve também presente em Santa Maria da Feira, concelho onde estão sediados os dois novos patrocinadores do clube - uma empresa de artigos elétricos e uma outra de construções metálicas -, e disse que o acordo de patrocínio "não vai durar apenas este ano", mas "muito tempo".
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