O treinador do Casa Pia, Filipe Martins, salientou domingo o "momento ímpar" que se vive no clube lisboeta, que vai disputar a edição 2021/2022 da I Liga de futebol 83 anos após a última participação.
Filipe Martins considerou importante destacar a história da instituição e "a gente que honrou este enorme clube" antes da sua chegada.
"Até ao dia 01 de setembro de 2020, o dia em que cheguei a este clube, tanto eu, como a administração cumprimos um objetivo. Naquela altura não seria mais do que um sonho, que depois se tornou realidade com muito trabalho, muita gente envolvida, mas acima de tudo só com o vosso apoio, dos casapianos, com o passado que este clube tem, que ninguém pode apagar, e aliado a uma direção que tem sido exemplar no que têm sido as possibilidades do Casa Pia," lembrou.
O técnico expressou esta gratidão durante a sessão comemorativa dos 102 anos do Casa Pia Atlético Clube - Ateneu Casapiano, que teve lugar no histórico Pátio da Bandeira, ringue de jogos utilizado pelos estudantes da Casa Pia no Colégio Pina Manique, em Lisboa.
Na cerimónia foram atribuídos prémios e galardões para o reconhecimento do mérito de sócios, atletas, treinadores, equipas, e outros que contribuíram para a caminhada do clube lisboeta.
Entre os premiados do Casa Pia para as modalidades, o destaque remete-se para a distinção para Hugo Passos, recente medalhado de bronze em luta greco-romana nos Jogos Surdolímpicos, em Caxias do Sul, Brasil, prova que coincidiu também com o final da sua carreira.
No que respeita ao hóquei em campo, o emblema lisboeta homenageou o malogrado Luís Tavares, antigo capitão do Casa Pia e da seleção nacional da modalidade, falecido em 28 de novembro num acidente de viação.
Depois de também distinguido o seu futebol de formação, o futebol profissional com a entrega do prémio de jogador do ano ao lateral Leonardo Lelo e de treinador a Filipe Martins.
Presente na cerimónia, o presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), recordou a sua carreira de árbitro.
"Faz 102 anos e é uma casa onde me emociono: foi aqui, no Casa Pia, que em 1988 arbitrei o meu primeiro jogo”, lembrou Pedro Proença, enaltecendo a promoção “sem mácula” do clube lisboeta.
Comentários