O Tribunal Arbitral do Desporto (TAD) revogou o castigo de dois jogos à porta fechada ao Farense por racismo, com fonte da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) a revelar que o organismo vai recorrer.
De acordo com o acórdão a que a Lusa teve acesso, o TAD considera que “ficou factualmente provado [...] que os jogadores André Clóvis, Kauã Oliveira e Famana Quizera foram alvo de insultos racistas".
Contudo, nesse acórdão, de 08 de fevereiro, o TAD refere que “não ficou provado que alguém da estrutura da demandante [Farense] os tenha ouvido, que dos mesmos tenham tido perceção direta ou dos mesmos tenham tomado conhecimento efetivo e atempado, e, assim, tido oportunidade de reagir em tempo útil”.
De acordo com fonte da FPF, o organismo vai recorrer da decisão do TAD para o Tribunal Central Administrativo do Sul.
Em 31 de janeiro de 2023, o Farense tinha sido punido com dois jogos à porta fechada e 33.470 euros de multa por comportamentos discriminatórios no empate com o Académico de Viseu, em 20 de agosto de 2022, para a II Liga de futebol.
Após a partida, o jogador brasileiro dos viseenses André Clóvis disse ter sido alvo de insultos racistas por parte dos adeptos algarvios presentes no Estádio São Luís, um incidente denunciado também pelo próprio clube que representa.
Os atos dirigidos a Clóvis, que marcou um dos golos da sua equipa nesse dia 20 de agosto de 2022, ocorreram, segundo o relato do próprio, quando foi substituído, aos 83 minutos, e levaram a incidentes já após o apito final.
A ‘confusão’ entre o banco do Académico e adeptos locais resultou ainda na expulsão do presidente do Farense, João Rodrigues.
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