O Sporting de Braga mostrou-se hoje “amplamente disponível para receber refugiados oriundos da Ucrânia, integrando-os na sociedade portuguesa e bracarense e garantindo-lhes emprego nas mais variadas áreas do clube”.

Defendendo estar “do lado certo da história”, que “só poderá ser pelo fim da guerra, pela defesa da liberdade, pela preservação da democracia e, acima de tudo, pela valorização das vidas humanas”, o clube liderado por António Salvador frisa que “não poderia, de maneira nenhuma, ficar arredado deste conflito”, causado pela invasão da Rússia à Ucrânia.

Assim, neste “contexto em que a solidariedade e a união terão de prevalecer sobre a frieza dos raides aéreos ou a intempérie das balas”, o Sporting de Braga “mostra-se amplamente disponível para receber refugiados oriundos da Ucrânia, integrando-os na sociedade portuguesa e bracarense e garantindo-lhes emprego nas mais variadas áreas do clube, tudo isto ao abrigo do mecanismo simplificado para a obtenção de proteção temporária por parte de refugiados ucranianos”.

O clube bracarense vincou que um dos seus “grandes propósitos” passa por “aliar o lado desportivo à vertente social, ajudando todos aqueles que, pelas mais variadas razões, gritam por auxílio”.

“Foi assim com a entrega de 90 toneladas de alimentos aos refugiados que chegaram à Grécia em 2016; será assim com os refugiados que, agora, escapam de um conflito que atenta a liberdade e a democracia”, conclui.

A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar com três frentes na Ucrânia – uma das quais provenientes da Bielorrússia -, com forças terrestres e bombardeamentos em várias cidades.

As autoridades de Kiev contabilizaram, até ao momento, mais de 2.000 civis mortos, incluindo crianças, e, segundo a ONU, os ataques já provocaram mais de 100 mil deslocados e pelo menos 836 mil refugiados na Polónia, Hungria, Moldova e Roménia.

O presidente russo, Vladimir Putin, justificou a “operação militar especial” na Ucrânia com a necessidade de desmilitarizar o país vizinho, afirmando ser a única maneira de a Rússia se defender e garantindo que a ofensiva durará o tempo necessário.

O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional, e a União Europeia e os Estados Unidos, entre outros, responderam com o envio de armas e munições para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas para isolar ainda mais Moscovo.