Os sócios do Sporting votam hoje o relatório de gestão e contas da época 2021/22, que ocasionou o melhor resultado líquido de sempre do clube, com lucros de 13,632 milhões de euros (ME), numa Assembleia Geral a decorrer no Pavilhão João Rocha, em Lisboa.
Dirigindo-se aos associados, Frederico Varandas, presidente do clube de Alvalade, afirmou: "Temos plena consciência do caminho que fizemos até aqui, das difíceis decisões que tivemos de tomar e do longo caminho que ainda temos de percorrer, mas vamos continuar a investir para levar mais longe o nome do Sporting como exemplo de integridade, seriedade e ética desportiva".
Antes, à entrada para a Assembleia Geral, Varandas tinha fietoo questão de destacar os números alcançados. "Não existe sucesso desportivo sem sucesso financeiro. Os relatórios e contas das SAD dos três ‘grandes’ são públicos, auditados e obrigatórios. Basta irem ver se existe algum desinvestimento do Sporting. Pelo contrário. Agora, essa doutrina de que o Sporting desinveste na parte desportiva para apostar na parte financeira é pura patetice", referiu.
Frederico Varandas notou que os três ‘grandes’ “serão sempre obrigados a vender”, na sequência das saídas dos influentes João Palhinha e Matheus Nunes no verão, mas defende que, “mais do que acreditar, os sportinguistas revêm-se” no clube de Alvalade.
“Obviamente, é marcante e muito importante o facto de se ter provado o crescimento do clube. Neste último ano, crescemos cerca de 15% em número de sócios, alcançámos o recorde de receita de quotização e o maior número de sempre de sócios com quotas em dia. Esta militância é o maior sinal desse envolvimento dos sportinguistas”, exemplificou.
O Sporting registou primeira vez dois resultados positivos seguidos nos últimos 10 anos, após ter lucrado 135.000 euros em 2020/21, destacando o “sucesso da reestruturação financeira aliado à solidez operacional”, que foi sustentada pelo “regresso da atividade à normalidade depois do período pandémico” e pelo “crescimento recorde das receitas”.
O clube elevou ainda a participação na SAD de 63,8% para 83,9%, garantido, assim, a maioria do capital, resultante da recompra em março deste ano dos Valores Mobiliários Obrigatoriamente Convertíveis (VMOC) detidos pelo Millennium BCP, por quase 14 ME.
“É óbvio que apresentámos resultados históricos. Desde 2010 que pairava uma nuvem cinzenta de uma possível perda [da maioria] da SAD, em que o clube teria de entregá-la aos bancos em 2026. Propusemos evitar isso desde 2018 e fizemo-lo antes do tempo. É uma grande vitória e a principal razão para este resultado”, concluiu Frederico Varandas.
Comentários