As contas são do jornal Record, na sua edição desta quinta-feira: Sousa Cintra deixou uma fatura de 17,3 milhões de euros no Sporting, que Frederico Varandas terá de solucionar. O valor diz respeito aos gastos em transferências e também no regresso de alguns dos jogadores que tinham rescindido, na sequência dos ataques dos adeptos leoninos aos atletas, médicos e treinadores na Academia de Alcochete.
Os 17,3 milhões de euros resultam das despesas diretas com os regressos de Bruno Fernandes, Bas Dost e Battaglia, após terem rescindido, e das contratações de Diaby, Gudelj e Nani e até com a venda de Piccini, que implicou o pagamento de uma comissão à mesma empresa (Socas) que depois intermediou a aquisição de Nani e à qual a SAD leonina deve 1,1 milhões de euros. Nos seis meses que esteve em Alvalade, Nani representou um esforço de dois milhões de euros em ordenados, ele que mudou-se para o Orlando City da MLS, em janeiro. A saída do extremo aliviou a folha salarial em seis milhões de euros, valor que Nani tinha a receber no ano e meio de contrato que lhe restava.
Na transferência de Diaby (custou 4,5 ME), escreve o Record, Sousa Cintra negociou uma comissão de 1,1 milhões de euros com o Stellar Group. No caso de Gudelj foi o salário do sérvio que pesou mais nas contas da SAD. O Sporting pagou três milhões de euros pelo empréstimo, verba onde ficou incluído uma percentagem do salário que o médio auferia nos chineses do Ghuangzhou (2,8 milhões de euros líquidos por época, o que antes de impostos em Portugal, equivaleria a 5,6 milhões de euros).
O resgate de Bruno Fernandes, Bas Dost e Batagglia teve um custo de 5,6 milhões de euros para o Sporting: 1,6 milhões (que ainda não foram pagos) para o empresário de Bruno Fernandes, dois milhões de euros em comissões/prémios cada pelos regressos de Battaglia e Bas Dost. Diz o Record que nestas contas não entram as revisões salariais dos dois jogadores: Battaglia passou a ganhar três milhões por época, Bas Dost ganha agora 5 ME brutos por temporada.
Sousa Cintra, que presidia a Comissão de Gestão antes da entrada de Frederico Varandas e depois da destituição de Bruno de Carvalho, defende-se, explicando que fez tudo em defesa dos interesses do clube.
"Não vale a pena entrarmos em detalhes, porque isso levaria muito tempo e muita conversa tinha de haver. O que eu fiz, em consciência, foi o melhor que pude, atendendo às circunstâncias que existiam", comentou, em declarações ao Record.
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