André Villas-Boas fez o balanço do primeiro ano enquanto presidente do FC Porto, tendo reconhecido que a época não correspondeu às expetativas da estrutura e dos adeptos.

"Decorrido um ano sobre o maior afluxo associativo a um ato eleitoral do FC Porto, é imperativo proceder a uma reflexão sobre o que foi alcançado até ao momento. É imprescindível ter em consideração que vivemos um presente que deixa uma marca indelével na forma como olhamos para o que foi construído neste primeiro ano de mandato e como deveremos encarar o futuro", começou por referir o líder nos dragões no editorial da revista Dragões do mês de maio, apontando como objetivos a curto-prazo honrar e respeitar os adeptos no que resta jogar no campeonato e no Mundial de Clubes.

"Os factos são violentos, sobretudo os relacionados com uma época desportiva que ficou aquém das expectativas. A equipa profissional de futebol do Futebol Clube do Porto ocupa presentemente a terceira posição na classificação do campeonato nacional, encontrando-se afastada de qualquer outra competição desportiva. O seu objetivo imediato terminar o campeonato honrando, com brio, os valores do Clube e participar com sucesso no novo Campeonato do Mundo de Clubes, de forma a concluir esta época desportiva com a maior dignidade e respeito aos nossos sócios e adeptos", manifestou, antes de assumir responsabilidades em relação a uma temporada que não foi bem conseguida.

"Cabe-me assumir as responsabilidades pelas falhas e garantir a construção de um futuro melhor, com ativos fortalecidos, gerando mais-valias que nos permitam alcançar os títulos que tanto desejamos e ansiamos. Desta forma, poderemos retribuir a confiança em mim e na minha direção depositada por todos."

O presidente do FC Porto também manifestou o desejo de que se insista "no trabalho e na competência" mesmo quando "a derrota teima em aparecer", mostrando-se motivado na "responsabilidade de restaurar o sorriso e a alegria de todos os portistas".

Villas-Boas recorda também que o FC Porto tem agora "uma situação financeira agora mais sólida, que cumpriu todos os controlos trimestrais da UEFA e que, apesar da ausência de receitas da Liga dos Campeões, obteve resultados positivos, graças a um enorme esforço".

"Um clube que honra os seus compromissos, que reduziu o seu passivo e amortizou dívidas estratégicas, como a dos seus direitos televisivos. Desta forma, está alicerçado um futuro de sustentabilidade, adotando uma filosofia e uma atuação de gestão sem paralelo nos clubes portugueses".

Villas-Boas também relembra as iniciativas que foram da responsabilidade desta direção, tais com a criação da equipa de futebol feminino e de futsal. "O clube está a investir no desenvolvimento das suas infraestruturas, com a requalificação do Estádio do Dragão em curso, com projetos de novos pavilhões e o desenvolvimento do tão necessário para o nosso crescimento Centro de Alto Rendimento, cuja aprovação foi recentemente obtida", ficando a promessa e o desejo de "abrir 100 escolas do FC Porto em todo o mundo até 2032."

"O FC Porto já não volta para trás e vai continuar a afirmar-se como aquilo que é: um fiel representante de um povo, das suas gentes. Passou apenas um ano, seguem-se tantos outros de azul e branco ao peito e com mais taças na mão. Unidos, a vencer."