Vítor Bruno fez esta quinta-feira a antevisão do jogo diante do Santa Clara, marcado para esta sexta-feira nos Açores, e relativo à segunda jornada da Primeira Liga.

O técnico dos dragões deixou elogios ao adversário, classificando-o como uma equipa personalizada e muito dinâmica.

Para além disso, Vítor Bruno confirmou também as ausências de Fábio Cardoso e Evanilson, dois jogadores que estão de saída do clube portista.

O Santa Clara: "É um adversário que vem com uma dinâmica desde o ano passado. Subiram com todo o mérito. Têm feito um início de época muito forte, mesmo na pré-época. Já no Estoril, depois de estarem a perder, ganharam por 4-1. Na pré-época foi igual. Tem dedo de treinador. Vê-se que sabe o que faz em campo. É uma equipa madura. Faz-nos estar alerta com os valores Porto para sermos bem-sucedidos no final"

Evanilson e Fábio Cardoso: "Em relação ao Evanilson, ele não irá seguir para os Açores. É impactante perder um elemento destes a 24 horas de um jogo. Sempre a rondar os 40 jogos por época. Faz falta e quem está cá terá de dar resposta. Fábio Cardoso? Sim, perdemos o Fábio. Está confirmado... Às vezes olhamos para aquilo que são as nossas opções e, mesmo não sendo um titular indiscutível, é alguém que posso dizer que é um profissional que dá gosto de trabalhar. É muito apaixonado, muito honesto e comprometido com o trabalho. Merece tudo de bom. Nunca desiste, mostra o traço mais resiliente em momentos dificeis. É de assinalar o espírito que tem"

Impacto destas saídas: "O presidente sabe das necessidades da equipa. Eu também sei a manobra financeira que temos de fazer. Tudo conjugado leva a este tipo de manobras de mercado. Temos de estar atentos, temos de ter soluções dentro de casa, além dos alvos identificados. É assim que vamos seguir"

Estratégia a adotar: "Muitas vezes o segredo passa por nos adaptarmos ao que o jogo pede. Há jogos em que em dois toques chegamos à baliza e outros não. Temos de adequar ao que o jogo está a pedir. Os jogadores percebem que temos de competir. É um ponto de ordem. Cada minuto, cada segundo, será sempre tudo no máximo. Nos Açores é sempre difícil. Nos últimos quaro jogos, ganhámos dois. Eles tiveram a melhor defesa da II Liga. Temos de estar concentrados"

Relevância de Namaso: "O cunho vê-se de maneiras diferentes, depende do rendimento da equipa. Faz parte do dia a dia. O Danny tem feito por merecer. Não lhe dei nada. Ele fez por merecer. Não gosto de castrar os jogadores. Olho para muitas coisas além da criatividade. Ele tem feito as coisas na perfeição. Se percebermos o que está na génese do golo do Real Madrid, o segundo, percebemos o que fez o Rodrygo, por exemplo. Já lhes disse que o onze do último fim de semana, mesmo em caso de sucesso, não tem de ser o mesmo do jogo a seguir. Há sempre nuances que eu procuro estudar. Pode ser o Danny no onze, pode não ser. Quando tudo está casado, a nível de talento e compromisso, está sempre mais perto de jogar"

Toni Martínez substituto de Evanilson?: "São todos soluções internas. O que me agrada mais é perceber como eles atacam o treino no primeiro dia da semana, seja quem joga, ou quem fica de fora. Falo de treino. O Toni Martínez, mesmo desiludido, deu-me um sinal brutal. Dá-me a entender com quem posso contar. Poderia falar ainda de outros. Havia uma notícia do erro do Marco sem fundamento. O Toni não tem jogado, mas está pronto para jogar"

Condições meteorológicas nos Açores: "Independentemente das condições, teremos de ir a jogo e adaptarmo-nos ao que o jogo está a pedir. Se é com sol, se é com chuva, se é com vento... Já no ano passado houve aquela situação da Taça de Portugal. Há que garantir a segurança de quem está lá dentro. Até aí, enquanto o jogo puder andar. Nós lá estaremos para dar o corpo"

Possíveis investidas no mercado: "Em termos numéricos, o presidente sabe qual é a minha expectativa. Não gosto de ter plantéis alongados. Há ainda a relação com a equipa B e a comunicação com o João Brandão tem sido fundamental. Reforços? Vamos ver... Temos aqui dentro muitas soluções. Às vezes olhamos muito para fora, se é o alvo certo ou não. Temos alvos sinalizados. Temos de olhar para a capacidade do clube a nível de engenharia financeira. Há uma partilha absoluta entre administração e equipa técnica. A partir daí, atacamos o mercado em função do que é possível"