O Vitória de Guimarães, da I Liga portuguesa de futebol, vai apresentar um orçamento com gastos previstos de 3,25 milhões de euros para as atividades do clube em 2018/19, avançou um documento publicado no sítio oficial do clube.

A proposta, que vai ser discutida e votada na Assembleia-Geral de 02 de junho, com início às 14:00, no pavilhão do clube, não inclui as atividades da SAD (futebol profissional e parte do futebol de formação), e prevê ainda rendimentos de 4,25 milhões de euros, bem como um prejuízo de 27.675 euros.

Os gastos para a próxima época representam um aumento de cerca de 8% face ao valor inscrito para 2017/18 (3,01 milhões) e manifestam-se sobretudo nas modalidades, com o aumento dos 725 mil para os 795 mil euros, no "pessoal" - subida de 625 mil para 713 mil euros - e em "outros gastos", que passam dos 31.500 para os 125 mil.

O Conselho Fiscal, que emitiu um "parecer favorável por unanimidade" ao orçamento, explicou que o aumento nessa última rubrica provém de uma "dotação atribuída para início dos trabalhos" da comissão de revisão dos estatutos do clube e da comissão de organização do centenário, em 2022, e ainda dos custos com o arranque da aplicação móvel ‘Vitória Live' e da gala anual do clube, em dezembro.

Os rendimentos, por seu turno, crescem cerca de 7% face à previsão da época passada (3,98 milhões de euros), graças às subidas das receitas com a quotização - 1,75 para 1,9 milhões de euros -, com as modalidades - 542 para 610 mil euros -, e com "outros rendimentos", de 625 mil para 713 mil.

O parecer do Conselho Fiscal alega que a esperada subida nos rendimentos deve-se, sobretudo, ao aumento de 21% no número de sócios que se verificou desde 2015, havendo, neste momento, 18.400 pessoas com as quotas pagas até abril.

A diferença entre rendimentos e gastos previstos assegura um resultado operacional (EBITDA) positivo, de 996 mil euros, ligeiramente superior ao indicado para 2017/18 (968 mil), mas os juros, os impostos e as amortizações ditam um resultado líquido negativo de 27.675 euros - em 2017/18, foi de 174.614.

O Conselho Fiscal realçou ainda que este orçamento pode substituir "o primado da estabilidade financeira, preconizado no anterior mandato" da direção presidida por Júlio Mendes, ao ter investimentos capazes de "promover maior ecletismo e diversidade nas modalidades".

O órgão social, presidido por Eduardo Leite, revelou ainda que a proposta inclui a criação da primeira equipa de futebol feminino, nos escalões de formação, e pediu à direção que reveja o sistema de quotização, para criar "mecanismos de solidariedade social e de atração de sócios de diferentes origens geográficas de dentro e de fora do país".