O Vitória de Setúbal acusa o presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), Pedro Proença, e duas das suas diretoras de “criarem, intencionalmente, obstáculos ao regular funcionamento das competições desportivas”.
Em comunicado publicado no sítio oficial do clube, com o título “No campeonato que mais importa – o da legalidade – a Liga claudica e em grande estilo”, os sadinos, que viram chumbada pela Liga a sua participação nas provas profissionais, tecem duras críticas aos responsáveis da LPFP.
“É o presidente da Liga e duas das suas diretoras quem estão a criar, intencionalmente, obstáculos ao regular funcionamento das competições desportivas, tentando, ainda, condicionar as decisões que esta sociedade desportiva entende irão ser adotadas, brevemente, pelo Tribunal Arbitral do Desporto (TAD)”, afirmam.
O Vitória de Setúbal, que considera estar a ser cometido um “grave atropelo à legalidade e ao respeito pelos tribunais”, informa que vai apresentar, na segunda-feira, recurso para o Conselho de Justiça (CJ) da Federação Portuguesa de Futebol (FPF).
“A Vitória FC, SAD tomou a decisão de apresentar, no dia de amanhã (segunda-feira), ou seja, dentro do prazo fixado para o efeito, o recurso para o CJ da FPF para impedir que o presidente da Liga e duas das suas diretoras tentem fazer entrar pela janela aquilo que, certamente, os tribunais não deixarão entrar pela porta, repondo a legalidade e viabilizando a manutenção do Vitória no lugar a que pertence e conquistou desportivamente”, pode ler-se no comunicado.
O documento emitido pelos vitorianos refere que a admissão por parte do presidente da Liga e duas das suas diretoras das candidaturas de Cova da Piedade e Casa Pia nas provas profissionais representa um grave atropelo à legalidade e ao respeito pelos tribunais e suas decisões.
“Além de poder configurar matéria de relevo em diversas dimensões do Direito, incluindo a criminal, representa um grave atropelo à legalidade e ao respeito pelos tribunais e suas decisões, porquanto, não obstante sabedores da sua incompetência para decidir em tais matérias, não só não emendam a mão e reconhecem que erraram, como persistem e insistem em praticar atos ilegais”, adianta a nota.
As críticas do emblema vitoriano a Pedro Proença e à sua direção na LPFP não ficam por aqui.
“Este comportamento do presidente da Liga e de duas das suas diretoras é altamente temerário e perturbador da ordem jurídica desportiva e dos interesses que deviam proteger, na medida em que, sabendo das impugnações da deliberação que não admite o VFC, SAD a participar nas competições profissionais para a época 2020/2021, tentam, à socapa, e intencionalmente, fazer passar uma outra que é consequência e execução da que se encontra impugnada e a aguardar decisão do TAD”, conclui o Vitória.
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