“É vergonhoso o conteúdo desta notícia. Sendo verdade, e tomo como verdadeira, porque é o próprio presidente do Carregado a falar, esse clube só tem 11 jogadores profissionais, quando o mínimo exigido são 12”, começa por explicar à Agência Lusa o dirigente do Gondomar.
Na referida notícia está escrito que o Carregado, clube que foi convidado pela Liga de Clubes a participar nas competições profissionais, tem um orçamento de 300 mil euros. Álvaro Cerqueira fez as contas e encontrou mais um motivo para a sua indignação.
“Ora, se o ordenado mínimo de um jogador nos campeonatos profissionais é de 1 490 euros e se o plantel do Carregado tem 24 jogadores, como é possível eles terem um orçamento tão baixo”, questionou.
“Pelo que se lê, a maior parte dos jogadores acumula o futebol com as suas profissões, têm ordenados de 300, 400 e 500 euros e está uma equipa destas num campeonato profissional”, declarou.
O presidente do Gondomar vai mais longe e admite, tendo por base a veracidade da notícia do Jornal de Notícias, que deve ter havido irregularidades no processo de candidatura e aceitação do Carregado.
“Com estes dados só com documentação falsa é que este clube pode estar numa Liga profissional. Ou a Liga anda a dormir ou outros andam a passar a perna”, referiu.
“E depois há a questão do estádio, que nem sequer é deles. É um clube que não tem o mínimo de condições e foi convidado pela Liga a participar neste campeonato. Foi tudo feito à pressa para prejudicar o Gondomar”, lamentou.
Com estes dados, o Gondomar poderá vir a apresentar uma queixa formal na Liga Portuguesa de Futebol Profissional.
“Vou reunir ao fim da tarde com o advogado para vermos todas as formas legais disponíveis para enfrentar e denunciar esta situação. A Liga tem de fazer as coisas como deve ser”, concluiu.
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