O ex-futebolista internacional português Jorge Costa vai ser o primeiro treinador do recém-criado Aves SAD, que assumiu a licença de participação na II Liga detida pelo Vilafranquense, disse à agência Lusa fonte do clube.
Os nortenhos não especificaram a duração do contrato com o técnico, que se notabilizou como defesa ao serviço do FC Porto e alinhou pela seleção nacional nas fases finais do Euro2000 e do Mundial2002, sagrando-se ainda campeão mundial de sub-20, em 1991.
Jorge Costa, de 51 anos, somará a quinta passagem como treinador pela II Liga, após já ter comandado Olhanense (2008/09) - no qual foi campeão e selou a única promoção à I Liga do seu percurso -, Arouca (2017), Farense (2021) e Académico de Viseu (2022/23).
Com mais de 15 anos nos bancos, o ex-central orientou ainda Sporting de Braga (2007), Académica (2010) e Paços de Ferreira (2014), além dos romenos do Cluj (2011/12) e do Gaz Metan Medias (2020/21), dos cipriotas do AEL Limassol (2012/13) e do Anorthosis (2013/14), da seleção principal do Gabão (2014-2016), dos tunisinos do Sfaxien (2017 e 2022), dos franceses do Tours (2017/18) ou dos indianos do Mumbai City (2018-2020).
O Aves SAD principiará oficialmente as suas atividades em 26 de junho, com cinco dias reservados para exames médicos e físicos, antes do primeiro treino, em 01 de julho, no Estádio do CD Aves, cujo arrendamento foi acordado pela sociedade do Vilafranquense.
Ao mudar-se de Vila Franca de Xira, concelho do distrito de Lisboa, para a Vila das Aves, que está situada a 320 quilómetros de distância e pertence ao município de Santo Tirso, no distrito do Porto, a administração liderada por Henrique Sereno vai desvincular-se dos ribatejanos e ostentar uma nova designação e emblema, que ainda serão desvendados.
O futebol profissional volta à Vila das Aves três anos depois do ‘adeus’ à I Liga do Clube Desportivo das Aves, vencedor da Taça de Portugal em 2017/18, que está impedido há duas temporadas pela FIFA de inscrever novos atletas, na sequência da insolvência da SAD, responsável por ter gerado dívidas de 17,1 milhões de euros (ME) a 110 credores.
Despromovida pela via desportiva à II Liga em 2019/20, a sociedade então liderada pelo chinês Wei Zhao enfrentou diversas rescisões unilaterais de jogadores, equipa técnica e funcionários e falhou o licenciamento para as provas profissionais da época seguinte, prescindindo de competir no Campeonato de Portugal, então terceiro escalão nacional.
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