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Quem o garante é o ministro da Administração Interna.
O ministro da Administração Interna garantiu hoje que as recentes alterações à legislação sobre segurança em competições desportivas não introduziram a dispensa de policiamento em provas profissionais, aplicando-se essa facilidade apenas às provas de iniciados e juvenis.
À margem da assinatura do protocolo para Agrupamento dos Bombeiros Voluntários da Cidade de Espinho, Miguel Macedo aproveitou a referência aos incidentes que hoje interromperam o jogo entre as equipas B do Vitória de Guimarães e do Sporting Braga para esclarecer que o policiamento é responsabilidade dos clubes.
«Alguns comentários que têm vindo a lume sobre essa matéria imputam à nova legislação de policiamento desportivo a responsabilidade de não haver polícia em alguns jogos, sobretudo de futebol», disse o ministro, frisando: «Quem organiza o jogo é responsável pela segurança e sempre foi assim. Pode requisitar ou não o policiamento, e sempre foi assim».
Miguel Macedo afirmou que o objetivo da nova legislação - «à semelhança, aliás, do que acontece noutros países europeus» - é apenas «caminhar progressivamente para a dispensa de policiamento nos escalões mais baixos, dos infantis e juvenis».
Atribuindo essa estratégia à intenção de reduzir as despesas dos clubes, o governante refere que a medida tem também caráter pedagógico, procurando impedir que, no período de formação da personalidade dos atletas mais jovens, o universo do desporto fique associado à imagem das autoridades policiais.
«É para não associarem, desde a mais tenra idade, a prática desportiva a questões de segurança», explicou o ministro, acautelando que o policiamento continua ainda assim a ser possível nas provas desses escalões sempre que existiam «fundadas razões para se pensar que possam existir problemas».
Quanto às provas de nível profissional, Miguel Macedo equaciona uma hipótese: «Alguns dirão que hoje está a ser mais usada essa dispensa da requisição de policiamento. Talvez», admite, «mas essa é uma decisão que compete aos clubes».
«Eles já podiam fazer isso», frisou o governante, acrescentando: «Continuam a poder fazê-lo e a responsabilidade é de cada clube, quando decide requisitar ou não requisitar a polícia».
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