O Nacional considera que é o "legítimo campeão" da II Liga, disse hoje o clube 'alvinegro', em comunicado no seu sítio oficial da Internet, em resposta ao parecer negativo da Federação Portuguesa de Futebol (FPF).

O emblema insular considera que a decisão do Conselho de Disciplina (CD) da FPF é "susceptível de análise pelo Ministério Público, por eventual delito de desobediência e, ou, abuso de poder", uma vez que este parecer está ferido de "inexistência jurídica", pode ler-se na mesma nota.

A formação madeirense refere ainda: "Estamos perante uma situação que é inaudita e que visa impedir o óbvio: reconhecer que o Clube Desportivo Nacional é o legítimo campeão da 2.ª Divisão Nacional".

"Mais informamos que demos instruções aos nossos serviços jurídicos para acionarem, em sede ou sedes próprias, os meios processuais ao dispor do CD Nacional Futebol SAD para que a legalidade seja reposta com a maior brevidade possível", esclarece o clube recém-promovido à I Liga, que promete recorrer até às últimas instâncias.

Em comunicado tornado público esta quarta-feira, o CD da FPF entende que, "não estando os jogadores arguidos impedidos de serem incluídos na ficha técnica e de serem utilizados no jogo objecto dos autos, conclui-se pela total ausência de indícios da prática, por parte da arguida, do ilícito disciplinar pela qual vinha indiciada, propondo-se, também aqui, e nos termos do disposto artigo 234.º, n.º 1, do RDLPFP, o arquivamento dos autos", para validar a utilização de Danrlei, do Leixões, na partida frente ao Nacional.

Danrlei, do Leixões, viu o nono amarelo cartão amarelo na II Liga em 24 de fevereiro, na 23.ª jornada, frente ao FC Porto B (1-1), e voltou a jogar quatro dias depois, em 28 de fevereiro, frente ao Nacional (1-1), em partida em atraso da 20.ª ronda, no jogo imediatamente a seguir à admoestação.

Num acordão datado em 07 de junho, o Tribunal Arbitral do Desporto deu razão aos argumentos do Nacional, pois explica que Danrlei deveria ter cumprido a suspensão decorrente no jogo seguinte, frente ao Nacional, apesar de ser uma partida em atraso, que não se realizou na data original por falta de policiamento.