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Paulo Bento considerou que «a seleção nacional tem sempre agregado o objetivo de fazer felizes os portugueses».
A atual crise económico-financeira e as constantes medidas de austeridade anunciadas pelo Governo são mais um fator de motivação para a seleção portuguesa de futebol, segundo Paulo Bento, embora sublinhando «à política o que é da política».
«Deve fazer parte também da nossa motivação e objetivos, ganhar por uma questão desportiva, porque é disso que se trata, mas tentar ganhar por algo mais. Se calhar, hoje, esses momentos de felicidade, mesmo que sejam de curta duração - 90 minutos e umas horas - são partilhados de outra maneira porque têm a ver com essas dificuldades que se vivem», disse, em entrevista à Lusa.
Para o responsável técnico da formação das “quinas”, que acabou de cumprir dois anos no cargo, os jogadores e restantes membros da comitiva, ao terem «essa felicidade de ganhar e jogar bem», «não devem deixar de pensar que estão também a dar felicidade a milhões e milhões de portugueses».
«É uma situação que compete ao Governo explicar. Assim como digo ‘aos clubes o que é dos clubes’ e ‘à seleção o que é da seleção’. Para a política o que é da política, para o futebol o que é do futebol», sublinhou, questionado sobre as comunicações ao País do primeiro-ministro, Passos Coelho, e do ministro das Finanças, Vítor Gaspar, nos dias dos recentes compromissos da seleção luso no Grupo F da qualificação para o Mundial de 2014.
Paulo Bento considerou que «a seleção nacional tem sempre agregado o objetivo de fazer felizes os portugueses», reconhecendo que «agora se pode exacerbar um pouco mais em função do momento que todos os vivem, um momento de austeridade, de crise».
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