Lourenço Pinto, presidente da Associação de Futebol do Porto, assumiu-se hoje como uma das vozes mais contestárias à aprovação dos novos estatutos da Federação Portuguesa de Futebol, que estão em discussão numa Assembleia Geral (AG) extraordinária.
Para o dirigente portuense, a postura de Gilberto Madaíl ao longo das últimas semanas merece ser criticada.
«Ao presidente da FPF tenho dois reparos: lançar jokers para vir tutelar a nossa menoridade, ao chamar a FIFA e a UEFA. Antes de fazer isso devia ter lançado o repto a duas ou três associações para ir à UEFA e à FIFA mostrar o Regime Jurídico e mostrar como isto é abusivo. Certamente hoje não estaríamos a discutir isto. O outro 'joker' foi levar à reunião de presidentes da Liga o Secretário de Estado. O senhor prestou-se a esse papel de informar do papão da FIFA. Era aqui dentro desta casa que devia anunciar a candidatura. Não lhe ficou bem, não gostei. Só olha para os 32 clubes profissionais», atirou.
O líder da AF do Porto protestou ainda já no interior da AG contra o sistema de votação electrónica: «Prestou um mau serviço ao futebol. É uma vergonha assistir a este sistema de votação. Não há que ter receio de ninguém.»
A legitimidade da realização da Assembleia Geral deste sábado, convocada pela Liga, Sindicato de Jogadores, Associação de Árbitros e Associação de treinadores, foi igualmente questionada. «Sentia-me mal vir a esta reunião, que não considero uma AG, mas sim uma reunião de cavalheiros, por ser convocada por quem não tem legitimidade para o fazer.»
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