O selecionador português de futebol, Paulo Bento, disse hoje, em Guimarães, que nunca solicitou, nem solicitará, a aceleração de qualquer processo de naturalização de um jogador para representar Portugal.
Paulo Bento falava durante um painel dedicado às seleções no Fórum de Treinadores de Futebol, no âmbito da programação da “Guimarães, Cidade Europeia do Desporto 2013”, subordinado ao lema “Boas práticas, desafios de ontem, de hoje e de amanhã”.
Ao lado do atual selecionador do Brasil e antigo de Portugal, o brasileiro Luiz Felipe Scolari, que recordou as naturalizações de Deco e Pepe, como dois jogadores que já estavam há muito tempo em Portugal, Paulo Bento respondia a uma pergunta da plateia sobre o tema.
O painel de selecionadores, que incluía ainda Humberto Coelho, abordou as diferenças entre o trabalho na seleção e nos clubes, muito por culpa da diferença de tempo para os jogadores assimilarem a mensagem, mas os técnicos apontaram o mesmo objetivo de vitória.
Luiz Felipe Scolari e Paulo Bento proporcionaram um ambiente coloquial e descontraído, com momentos de boa disposição, e “atiraram-se” à comunicação social no que diz respeito às opiniões pouco consistentes que passam para a opinião pública.
O selecionador brasileiro esclareceu ainda o motivo por que não convocou, em tempos, Romário, defendendo que o “baixinho”, com quem mantém um bom relacionamento, não se enquadrava no «jogo explosivo» da seleção brasileira de então.
Paulo Bento falou então em Cristiano Ronaldo e admitiu, comparativamente, que não convocá-lo seria muito difícil, se se tiver em conta a carreira dele, o rendimento, a sua importância no clube que representa e na seleção.
«Muitas vezes fala-se de Ronaldodependência. Qual é o problema de Ronaldo ser preponderante na seleção, como é desde 2004? Mesmo não estando nas melhores condições, são jogadores que, de um momento para o outro, podem resolver um problema», sustentou.
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