O primeiro-ministro António Costa considerou hoje que o jogo particular de futebol entre Portugal e a Bélgica é um momento de solidariedade para com o povo belga e uma resposta ao medo que os terroristas querem disseminar.
“[O Portugal-Bélgica] É bastante mais do que um jogo de futebol. É um momento de solidariedade para com o povo belga, com o reino da Bélgica pelo atentado que sofreram e que vitimou de uma forma tão horrenda e que nos atingiu a todos”, sublinhou o primeiro-ministro.
Em declarações à RTP, António Costa considerou que os atentados de Bruxelas foram um atentado contra a Europa.
“E, por isso, é nosso dever sermos solidários. É um gesto de solidariedade neste momento de dor”, referiu António Costa, considerando que “é necessário que existam medidas de segurança para combater o medo e dar a ideia de segurança”.
Para António Costa, “a maior vitoria” que se podia “oferecer aos terroristas era mostrar medo”.
“A vida tem de seguir a sua normalidade porque essa é a forma que temos de afirmar os nossos valores e a nossa liberdade. A liberdade de haver jogo é uma liberdade que temos de defender”, afirmou.
O governante defendeu que é necessário “seguir em frente”, reconhecendo que “é difícil”, lembrando que “a cidade de Paris também tem vindo a retomar a sua vida”.
“Temos de ter consciência que essa ameaça existe e não tem fronteiras, pode também existir entre nós. É para isso que é necessário reforçar a segurança”, afirmou António Costa, que assumiu que “nunca ninguém está preparado para situações destas”.
O encontro entre Portugal e Bélgica estava previsto para Bruxelas, mas acabou por ser transferido para Leiria, devido aos atentados de há uma semana na capital belga.
Uma série de explosões, reivindicadas pelo autodenominado Estado Islâmico, causaram mais de três dezenas de mortos.
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