Num depoimento prestado no tribunal penal de Nápoles, Rosário Coppola denunciou ter sido pressionado pelo menos uma vez pelo Inter de Milão para "aligeirar" o seu testemunho junto das instâncias disciplinares num processo instaurado ao jogador colombiano Ivan Córdoba, que tinha sido expulso num jogo frente ao Veneza.
Coppola revelou que o pedido foi feito por intermédio do antigo responsável pela nomeação dos árbitros, Gennaro Mazzei, e que, por ter recusado alterar o seu testemunho, foi afastado do escalão principal.
"Mazzei chamou-me e disse-me que tinha um pedido do Inter de Milão para tentar reduzir a suspensão de Córdoba. Tinha de dizer que, em vez de um murro tinha sido apenas um empurrão. Mas não alterei a minha versão e, a partir daí, nunca mais participei em nenhum jogo da Série A", denunciou o antigo árbitro.
Ironicamente, o Inter de Milão foi um dos grandes beneficiados pelo escândalo Calciopoli, já que o título conquistado pela Juventus na época 2005/2006 foi retirado ao clube de Turim, despromovido depois à Série B, e entregue, na "secretaria", ao emblema milanês.
A Juventus foi a mais penalizada, já que o envolvimento no Calciopoli relegou o histórico clube ao segundo escalão. Fiorentina (15 pontos), Reggina (11), AC Milan (oito) e Lázio de Roma (três) foram castigados com dedução de pontos no campeonato seguinte.
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