O 'caso Koulibaly' já chegou a política. Luigi de Magistris, presidente da autarquia de Nápoles, aproveitou o caso para criticar o ministro italiano do Interior Matteo Salvini, um político conhecido pelas suas posições anti-imigração.
"Como é que a partida poderia ter sido suspensa num país que vive cada vez mais um racismo de Estado e que tem no governo um ministro que deveria garantir a segurança nos estádios, mas há poucos anos cantava coros racistas contra os napolitanos?", questionou no Twitter.
O mais recente ataque racista a Koulibaly já tinha sido criticado pelo presidente da autarquia de Milão, Giuseppe Sala, que pediu desculpas por um ato que considerou "vergonhoso".
O Inter foi punido com dois jogos à porta fechada devido a cânticos “racistas” dos seus adeptos, que visaram o futebolista Kalidou Koulibaly, no duelo de quarta-feira com o Nápoles, anunciou o órgão disciplinar da liga italiana.
Nessa partida, da 18.ª jornada da Serie A, em San Siro, o defesa central senegalês Kalidou Koulibaly foi ‘alvo’ de insultos racistas por parte dos adeptos do Inter de Milão e acabou expulso aos 81 minutos, com um duplo amarelo. A equipa da casa venceu o jogo, por 1-0, com o golo do triunfo a aparecer já em tempo de descontos.
No mesmo documento, o organismo revelou que decidiu manter a punição de dois jogos de suspensão de Kalidou Koulibaly, o primeiro pela expulsão e o segundo por ter “aplaudido ironicamente” a decisão do árbitro da partida.
Após os dois jogos à porta fechada, o Inter terá ainda, durante uma partida, que fechar o segundo anel de San Siro, local em que estão instalados os principais grupos de adeptos do clube.
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