O Liverpool conquistou a Supertaça Europeia ao bater o Chelsea por 5-4 nas grandes penalidades, depois de 2-2 nos 120 minutos (1-1 nos 90). Giroud e Jorginho (penálti) marcaram para os 'blues, Mané fez os golos dos 'reds'. Nas grandes penalidades, só Abraham falhou para o lado dos londrinos. É a segunda vez que o Liverpool conquista este troféu, que regressa a Inglaterra, 14 anos depois.
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O primeiro dado histórico do jogo ficou escrito a 9 de maio de 2019, quando o Chelsea afastou o Eintracht de Frankfurt nas grandes penalidades, na segunda-mão das meias-finais da Liga Europa. Com essa vitória, Inglaterra colocava quatro equipas a discutir os dois troféus mais importantes do futebol europeu a nível de clubes, com a certeza que em agosto a Supertaça Europeia seria ganha por uma formação da Inglesa, 14 anos depois. Em 2005, o Liverpool, então campeão europeu, derrotou o CSKA Moscovo e levantou o troféu. De lá para cá, quarto derrotas: duas do Manchester United (2008 e 2017) e duas do Chelsea (2012 e 2013).
Mas o dado mais importante foi a decisão da UEFA em nomear um trio de arbitragem formada apenas por mulheres, liderada pela francesa Stephanie Frappart: era a primeira vez que uma final europeia a nível de clubes ia ser dirigida por uma árbitra. Frappart já tinha entrado na história em França quando se tornou a primeira árbitra a dirigir um jogo da ‘Ligue 1, entre o Amiens e o Estrasburgo, em abril.
Em Istambul, no Besiktas Park, o favoritismo era do Liverpool, campeão europeu e que tinha arrancado a Premier League com uma goleada de 4-1 ao promovido Norwich City. Já o Chelsea, que este ano conta com Frank Lampard como treinador, fora esmagado pelo Manchester United em Old Trafford onde perdeu por 4-0. Estados de alma diferentes mas que não se iria ver em campo.
Num jogo dividido, os primeiros minutos pertenceram ao Liverpool, que criou lances de perigo aos 13, quando Christensen evitou que um passe de Henderson chegasse a Mané na pequena área. Aos 16 é Kepa a negar o golo a Salah, com uma grande defesa.
O Chelsea foi subindo aos poucos de rendimento, graças às ações de Pedro, Kanté e Giroud, os homens mais perigosos. Foi o espanhol, ex-Barcelona, a ter grande hipótese de marcar mas o seu remate foi devolvido pela barra. Aos 24, é um pontapé de bicicleta de Giroud a não levar a direção certa.
Os campeões europeus, muito fortes nos lances de bola parada, responderam em dois cantos: Van Dijk ganhou a Kepa nas alturas mas o seu remate saiu por cima, aos 29; aos 31, Mané apareceu solto mas o seu cabeceamento desviou em Matip e acabou nas mãos de Kepa.
Foi o Chelsea o primeiro a marcar aos 36 minutos, numa conclusão de Giroud, de pé esquerdo, depois de um passe magistral de Pulisic, a dar sequência a uma arrancada de Kanté. O golo poderia ter aparecido aos 32 mas o guarda-redes Adrian (substituto do lesionado Alisson Becker na baliza do Liverpool), saiu bem aos pés de Kovacic e negou o tento do croata.
Aos 40 minutos o trio de árbitras foi colocada à prova, numa decisão difícil mas acertada: Pulisic colocou a bola no fundo da baliza de Adrian mas estava ligeiramente adiantado. A assistente Michelle O'Neal, da República da Irlanda, assinalou fora-de-jogo.
Jurgen Klopp foi obrigado a mexer no jogo, lançando Firmino no segundo tempo, no posto de Oxlade-Chamberlain. E, na primeira ação do brasileiro, o Liverpool vai empatar. Fabinho viu Firmino a desmarcar-se nas costas de Azpilicueta, meteu-lhe a bola e o avançado deixou em Mané que finalizou, à segunda, depois de uma defesa de Kepa.
Os 'reds', muito melhores no segundo tempo, estiveram perto da reviravolta aos 75 minutos, num lance incrível. Salah rematou após canto mas Kepa defendeu, a bola foi ter com Van Dijk que rematou para golo mas Kepa fez uma defesa fantástica, desviando a bola para a barra. Depois é Abraham quem afasta de qualquer forma.
Antes de o jogo ir para prolongamento, o Chelsea vai ter novo golo anulado aos 83 minutos, agora a Mount (entrou no lugar de Pulisic aos 75), por fora-de-jogo.
No regresso após curta pausa, o Liverpool voltou a entrar melhor e a marcar cedo: aos 95 minutos, Mané tabelou com Firmino, correu para a área e rematou de primeira, fazendo a reviravolta.
Os 'blues' nunca desistiram e empataram aos 101 minutos, numa grande penalidade convertida por Jorginho, por falta de Adrian sobre Abraham.
O guarda-redes espanhol, que tinha negado o golo a Abraham aos 99, com uma defesa fantástica com os pés, voltou a brilhar, negando o 3-2 a Mount.
O jogo teve de ser decidido nas grandes penalidades, onde só Abraham falhou para o Chelsea, com o Liverpool a vencer por 5-4.
Esta é a quarta Supertaça Europeia do Liverpool, depois dos triunfos em 1977, 2001 e 2005.
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