O futebolista internacional francês Benjamin Mendy, defesa do Manchester City, foi hoje declarado inocente de seis crimes de violação e um de agressão sexual pela justiça britânica, mas será julgado de novo por outros dois crimes sexuais.
O jogador, de 28 anos, vai voltar a responder em tribunal, a partir de 26 de junho, por um crime de violação e um de tentativa de violação, acusações sobre as quais o júri popular não conseguiu chegar hoje a um veredicto, após cinco meses de julgamento.
Mendy, que incorria numa pena de prisão perpétua pelos crimes que a acusação advogava terem sido cometidos contra quatro mulheres, colocou as duas mãos sobre o rosto após ouvir a decisão do júri, alcançada após 14 dias de deliberação.
O juiz Steven Everett, do tribunal de Chester, cidade no norte de Inglaterra, informou Mendy, que está suspenso há mais de um ano pelo Manchester City, sobre a realização de uma audiência preliminar em 27 de janeiro, seguindo-se, a partir de 26 de junho, duas ou três semanas de julgamento.
O outro réu, Louis Saha Matturie, descrito como representante do futebolista francês, foi considerado inocente de três acusações de violação e o júri não conseguiu chegar a um veredicto sobre três outras acusações do mesmo crime e três de agressão sexual.
Durante o julgamento, o jogador, colega de equipa dos portugueses Rúben Dias, João Cancelo e Bernardo Silva no Manchester City, foi apresentado pelo Ministério Público como “um predador”, que abusou de vítimas “vulneráveis e aterrorizadas”.
Mendy, que foi detido em agosto de 2021 e esteve mais de quatro meses preso preventivamente, rejeitou ser “um perigo para as mulheres”, argumentando que todas as interações sexuais de que estava acusado foram consentidas.
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