O chefe de missão de Portugal aos Jogos Olímpicos Tóquio2020, hoje adiados para o próximo ano devido à pandemia de Covid-19, disse à Lusa que esta decisão deixa todos "mais tranquilos e descansados” no mundo do desporto.
Em declarações à Lusa, Marco Alves considera que o Comité Olímpico Internacional (COI) e o Governo do Japão "acompanharam a preocupação da maior parte dos países manifestada nos últimos dias", levando a que "a segurança e a saúde" tenham prevalecido "sobre umas datas marcadas no calendário desportivo".
Já a "apontar baterias para 2021", a incógnita prende-se agora com as mudanças nos processos de qualificação, porque não se sabe "que provas vão ser disputadas e a partir de quando".
É preciso "perceber qual o reajuste dos processos de qualificação", e Marco Alves deixa a esperança de que "todos aqueles que garantiram a presença a possam ver novamente confirmada".
"Nesta fase, muitas destas contas serão reequacionadas, mas ficaríamos naturalmente agradados se se mantivessem os que já estão apurados, e com o dar espaço a todos os que não conseguiram carimbar o bilhete", conclui.
O chefe de missão garantiu ainda que "não está em causa a manutenção dos apoios aos atletas" integrados no projeto olímpico do Comité Olímpico de Portugal (COP), razão pela qual já tinha sido suspensa a avaliação durante o período em que a pandemia levou ao cancelamento ou adiamento de quase todos os eventos desportivos programados para março e abril.
Os Jogos Olímpicos Tóquio2020 foram adiados para 2021, devido à pandemia da covid-19, anunciaram hoje o Comité Olímpico Internacional (COI) e o Comité Organizador dos Jogos, em comunicado.
"Nas presentes circunstâncias e baseado nas informações dadas hoje pela Organização Mundial de Saúde, o presidente do COI [Thomas Bach] e o primeiro-ministro do Japão [Shinzo Abe] concluíram que os Jogos da XXXII Olimpíada em Tóquio devem ser remarcados para uma data posterior a 2020 e nunca depois do verão de 2021", lê-se no comunicado.
Esta decisão foi, de acordo com o mesmo documento, tomada "para salvaguardar a saúde dos atletas, de toda a gente envolvida nos Jogos Olímpicos e de comunidade internacional".
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 386 mil pessoas em todo o mundo, das quais cerca de 17.000 morreram.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
Vários países adotaram medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena e o encerramento de fronteiras.
Em Portugal, há 30 mortos e 2362 infetados confirmados. Portugal encontra-se em estado de emergência desde as 00:00 de quinta-feira e até às 23:59 de 02 de abril.
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