Os atletas olímpicos do Sporting partilharam hoje os seus objetivos e sonhos para Paris2024, entre a luta pelas medalhas, atingir uma final ou bater recordes nacionais ou pessoais nas respetivas provas de atletismo.
Liliana Cá, de 37 anos, vai disputar a prova de lançamento do disco no oitavo lugar do ranking mundial da disciplina, após alcançar a quinta posição em Tóquio2020, o que a faz ambicionar voltar a envolver-se na luta por uma medalha olímpica e fazer história.
“As minhas expectativas são sempre as mesmas, é tentar ir à final e, aí, lutar por uma medalha. Sei que vai ser mais complicado do que noutros anos, estamos exaustos, pois a época é longa e, nos últimos meses, tivemos muitas competições umas em cima das outras, mas acredito que vai dar para fazer história”, assumiu a atleta aos jornalistas.
O Sporting realizou um dia aberto à comunicação social, no Estádio José Alvalade, em Lisboa, com grande parte dos atletas olímpicos que representam o clube ‘leonino’.
“Antes de Tóquio não tinha nenhuma lesão e estava fisicamente bem, mas depois de Tóquio tive uma entorse e, até hoje, ela ainda permanece. Estou mais moderada, mas psicologicamente estou muito mais forte, pois ganhei a confiança de que, mesmo mal, consigo fazer algumas coisas”, afirmou a terceira classificada nos Europeus deste ano.
Já Tiago Pereira espera que em Paris aconteça “a prova mais forte da história do triplo salto”, mas salientou que não é impossível poder intrometer-se na luta por medalhas.
“Acredito que Paris vai ser, sem dúvida, a prova mais forte da história do triplo salto. Tenho adversários muito fortes e tenho de chegar bem preparado se quero sonhar com essa medalha. Impossível, não é. Estou a preparar-me para apresentar o melhor Tiago Pereira lá e acredito que vou estar na luta”, asseverou o triplista, com 30 anos, que atingiu a medalha de bronze nos últimos Mundiais de pista coberta, em Glasgow.
Apesar de não serem os seus primeiros Jogos Olímpicos, Jéssica Inchude é uma das estreantes na comitiva portuguesa, uma vez que já tinha participado no Rio2016, mas em representação da Guiné-Bissau, querendo agora ir à final do lançamento do peso.
“Estou na minha melhor fase de sempre e acho que vou fazer uma boa prestação, na qual quero estar bem física e mentalmente para poder passar à final. Gosto de ser realista, o pódio vai ser muito complicado. Tenho adversárias muito fortes, mas tenho marca para chegar à final e gostava de ser finalista olímpica”, expressou a atleta, de 28 anos, que parte para o evento com mais confiança, graças à sua “grande marca”.
Nos 400 metros, João Coelho vai disputar pela primeira vez uns Jogos Olímpicos, com o atleta de 25 anos a dizer que tem abdicado de muitas provas para poder chegar a Paris no pico de forma, para poder voltar a bater o recorde nacional, de que já é o detentor.
“A velocidade é uma das áreas fortes e eu tenho a consciência disso. Espero conseguir superar-me e fazer a minha melhor marca de sempre. O principal foco é fazer recorde nacional e, com essa marca, tentar levar-me o mais longe possível. Claro que uma final era um sonho, mas se fizer a minha melhor marca acho que irei chegar longe”, atirou.
Mais experientes em Jogos Olímpicos, Cátia Azevedo e Lorene Bazolo partem para uma terceira participação ao serviço de Portugal numa perspetiva de chegar a Paris com os índices físicos e anímicos em cima, buscando reforçar os respetivos recordes nacionais.
“Estou a valer o recorde nacional, estou a contar com isso. Contudo, as condicionantes são muitas e tanto pode dar para o oito, como para o 80. Quero ambicionar a meia-final, mas a final é um grande objetivo, quem não sonha? Eu sonho em grande”, disse Cátia Azevedo, que vai disputar a prova dos 400 metros, com a velocista Lorene Bazolo a acrescentar: “O objetivo é a marca, mas quero conseguir passar cada fase. Eu estou focada nisso e em desfrutar mesmo do momento, sem pensar muito nesse objetivo”.
Os Jogos Olímpicos Paris2024 vão realizar-se de 26 de julho a 11 de agosto.
Comentários