O atraso de verbas para pagar o equipamento de competição e estadia, assim como as ajudas de custo para os atletas, poderá condicionar a nona presença de Angola nos Jogos Olímpicos.
A situação na Vila Olímpica, no Rio de Janeiro, deixa os atletas, dirigentes e integrantes desconfortáveis e leva-os a trabalharem com algum receio de serem afastados da competição.
O secretário-geral do COA e antigo nadador, António Monteiro Bambino, fez saber que, apesar dos constrangimentos, a instituição está a fazer os possíveis para ultrapassar todas as dificuldades.
Contudo, o antigo nadador olímpico espera que as coisas corram da melhor forma, de modo a que se preserve o bom-nome de Angola nesta competição, sendo que o objectivo dos 26 atletas é conquistar medalhas em todas as modalidades.
A judoca angolana do 1º de Agosto, Antónia de Fátima (Faya), disse ao SAPO que vai lutar com a intenção de conquistar, pelo menos, uma medalha no torneio da modalidade.
“Estou preparada para competir, mas respeito as minhas adversárias. Sei que não é fácil, mas espero que tudo esteja ao meu alcance. Preparei-me na Hungria com espírito de vencer", disse a bicampeã africana.
Nesta 31ª edição das olimpíadas, a maior esperança dos angolanos está na Selecção Nacional Sénior Feminina de Andebol, vulgo Pérolas Negras, que entram em acção já este sábado.
Entre os doze mil e quinhentos atletas que participam nos Jogos Olímpicos, em 306 provas, as Pérolas prometem fazer a diferença, mesmo sabendo que enfrentarão adversárias de peso e com vasta experiencia internacional.
Atletismo, andebol natação, vela, judo, tiro e remo são as sete modalidades em que Angola irá competir, nesta que é a maior montra desportiva do mundo.
Destas modalidades, o andebol participa com maior número de atletas, 15, vela conta com três, natação, dois, o mesmo número para o atletismo e remo. Já o atirador Paulo Silva e a judoca Faya competem de forma individual.
Angola nunca conquistou medalhas nos Jogos olímpicos, apesar de já ter participado oito vezes. Em 1980, estreou-se em Moscovo, com 13 atletas, e consequentemente, em Seul 1988, com 27. A Barcelona, em 1992, levou 34 atletas, a Atlanta, em 1996, foram 29, em Sidney, em 2000, participaram 31 atletas nacionais e o mesmo número em 2004, na cidade de Atenas. Nos Jogos de Pequim, em 2008, Angola participou com 32 atletas e em Londres, em 2012, com 34.
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