As velocistas dos Estados Unidos fizeram hoje história no estádio olímpico de Londres2012, ao bater nos 4x100 metros as favoritas jamaicanas, conseguindo uma marca que retira da lista de recordes um registo da RDA quase com 27 anos.
O novo recorde mundial, de 40,82 segundos, foi conseguido por Tianna Madison, Allyson Felix (a campeã olímpica de 200 metros), Bianca Knight e Carmelita Jeter (a vice-campeã dos 100 metros), retirando 55 centésimos ao máximo da República Democrática da Alemanha, obtido em 6 de outubro de 1985 e que era o segundo recorde mais antigo na listagem em vigor.
Sobram dos anos 80, a década do "doping" por excelência, ainda em vigor, 13 recordes, dos quais 11 do setor feminino. A RDA, que praticou até à reunificação alemã um verdadeiro "doping estatal", só tem três desses recordes, sendo os outros dos Estados Unidos, União Soviética, Bulgária e Checoslováquia - o dos 800 metros femininos, de Jarmila Kratochvilová, de 1983, é ainda o mais antigo.
Com o segundo recorde do Mundo no estádio olímpico - o primeiro foi do queniano David Rudisha, nos 800 metros -, as "sprinters" norte-americanas redimiram bem o fiasco que foi a derrota dos seus compatriotas dos 4x400 metros, às mãos das Bahamas.
Os Estados Unidos tinham ganho em sete das seis últimas grandes provas, só cedendo para os russos no Mundial de 2005, e eram mais uma vez os últimos favoritos, mas isso não amedrontou Ramon Miller, que no último percurso das Bahamas foi "buscar" o credenciado Agelo Taylor, para uma histórica vitória em 2.56,72 minutos, um recorde nacional de grande nível.
Não tanto como a Jamaica, as Bahamas também têm sido um verdadeiro "viveiro" de velocistas, mas sobretudo no setor feminino, em que se destacaram nos anos 90, conquistando mesmo o título olímpico de 4x100 metros em 2000, após a prata em 1996.
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