A Federação Portuguesa de Canoagem (FPC) assumiu este sábado o objetivo de “trazer duas medalhas” dos Jogos Olímpicos Tóquio2020, meta inserida no plano de atividades aprovado em assembleia geral.
“A FPC aponta à conquista de duas medalhas em Tóquio, competição para a qual já apurou oito canoístas: seis da velocidade, um do slalom e um da paracanoagem (Jogos Paralímpicos)”, justifica o organismo.
A canoagem é a modalidade lusa com mais qualificados para Tóquio2020, com seis na pista e um no slalom, nomeadamente Fernando Pimenta, Emanuel Silva, João Ribeiro, Messias Baptista, David Varela e Teresa Portela, bem como Antoine Launay nas águas bravas.
Em maio, na Alemanha, na fase de apuramento continental, a seleção vai procurar acrescentar vagas em K1 e K2 500 femininos, K1 200 e C1 2000 masculinos, além de tentar voltar a levar José Carvalho à prova olímpica de C1 no slalom, na qual foi nono no Rio2016.
Fernando Pimenta e Emanuel Silva conquistaram o único pódio da canoagem portuguesa em Jogos Olímpicos, com a prata em K2 1000 em Londres2012.
Paralelamente, Norberto Mourão vai estrear a canoagem nos Jogos Paralímpicos, contudo há a esperança de engrossar a equipa também nesta vertente.
O mau tempo que assolou o país, nomeadamente a região do Baixo Mondego, onde a canoagem tem o seu Centro de Alto Rendimento, em Montemor-o-Velho, levou a assembleia geral a aprovar um voto de “solidariedade com as populações gravemente afetadas” bem como com o município, “entidade parceira” da federação e que gere o CAR.
“Num momento difícil para Montemor-o-Velho e para a canoagem nacional, a AG da FPC expressa solidariedade para com todos os clubes nossos associados, que, um pouco por todas as bacias hidrográficas, sofreram prejuízos nas suas instalações, se viram privados temporariamente do exercício da sua atividade e sofreram em alguns casos prejuízos elevados”, completou.
Por ser ano de preparação e realização dos próprios Jogos Olímpicos, ficou um apelo ao governo para que “acelere extraordinariamente todo o apoio necessário ao município de Montemor-o-Velho e à FPC em ordem à reposição urgente das condições de operacionalidade do CAR”.
O Centro de Alto Rendimento ficou submerso por uma camada de cerca de dois metros de água, estando ainda a ser avaliados os prejuízos materiais para a federação de canoagem e autarquia.
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