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Governante não avança o valor das verbas a disponibilizar para a preparação dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos, a realizar no Rio de Janeiro, em 2016.
O Governo defende a preparação olímpica e paralímpica a três ciclos, até 2024, para evitar os «amargos de boca» após os Jogos sobre a possibilidade de Portugal conquistar mais medalhas, afirmou o secretário de Estado do Desporto e Juventude.
«Temos de finalmente fazer uma preparação a três ciclos olímpicos. Vivemos um momento capital do que é que queremos para os próximos ciclos olímpicos, olhar para o Rio2016, mas também para o que vem depois», disse Alexandre Mestre, em entrevista à agência Lusa.
O governante considerou essencial perceber o que se espera do desporto olímpico e paralímpico sem, no entanto, avançar o valor das verbas a disponibilizar para a preparação dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos, a realizar no Rio de Janeiro, no Brasil, em 2016.
«Sempre que há Jogos Olímpicos e Paralímpicos, chegamos ao final e há sempre aquele ‘amargo de boca’ de que poderíamos ter mais medalhas e diplomas, mas existe sempre uma convicção de que temos de aumentar a prática desportiva», referiu.
Por isso, acrescentou: «Se achamos que estamos em condições de avançar com uma prioridade máxima que é as medalhas, dizemos, se achamos que estamos em condições de avançar com prioridade de ter mais modalidades, mais atletas, temos de ser objetivos nessa definição e assim todos sabemos à partida para o que vamos».
Alexandre Mestre admitiu que existem em Portugal Centros de Alto Rendimento «manifestamente subaproveitados» e garantiu que o Governo está a preparar um plano de gestão uniforme das infraestruturas, até agora inexistente.
«É um modelo centralizado na Fundação do Desporto, aliado a um mecanismo de gestão local que junta câmaras, federações, comités olímpico e paralímpico, o tecido empresarial e universidades», explicou Alexandre Mestre, considerando que só é possível gerir se cada um souber as suas responsabilidades.
O governante assegurou que as 62 federações com Utilidade Pública Desportiva «vão ficar a saber logo em janeiro com que montante vão poder contar durante o ano», admitindo que o corte previsto para 2013 ronda em média os nove por cento.
O secretário de Estado lembrou que em 2013 o orçamento para o desporto ronda os 37 milhões de euros, valor praticamente igual ao deste ano, sobretudo devido à poupança «de quase três milhões conseguida com a fusão entre os institutos do desporto e português da juventude».
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