O judoca Nuno Saraiva tirou ilações positivas da derrota na primeira eliminatória da categoria de -73 kg dos Jogos Olímpicos Rio2016, assumindo que tem trabalhar a luta no chão para fazer melhor no seu lugar natural.
"Há coisas positivas. Penso que uma das coisas de que mais gostei foi de como me senti no tapete. Acho que isso é o mais importante a tirar e também aquilo que tenho de melhorar a partir daqui. Ele explorou muito bem uma lacuna minha, para a qual já tinha sido avisado, que era a luta no chão. Eu penso que era superior na luta em pé, mas ele levou a melhor onde eu era um pouco pior”, começou por reconhecer o judoca português.
O judoca, de 22 anos, nunca conseguiu contrariar a supremacia do experiente húngaro Mikos Ungvari, 19.º do ‘ranking’ mundial e medalha de prata nos -66 kg de Londres2012, perdendo por ‘waza-ari’. “Mentalmente, sentia-me muito bem. Quando entrei no tapete, senti: este é o meu lugar e é aqui que eu estou bem. O que posso pedir mais? Sei o que tenho de melhorar, por isso...”, destacou.
Nuno Saraiva emocionou-se com a derrota, uma vez que esta o impede de avançar na competição, mas mostrou-se positivo, garantindo que pretende estar em Tóquio2020. “Tenho quatro anos para melhorar a minha luta no chão, como é óbvio vou melhorar também a luta em pé. Mas onde estou desconfortável é na luta no chão. Ainda bem que me calhou este adversário”, defendeu.
Estreante em Jogos Olímpicos, o judoca da Marinha Grande definiu o ambiente vivido na Arena Carioca 2, palco das competições de judo, como brutal. “Muitas vezes, há atletas que cedem – os favoritos -, outros que excedem. Eu senti que cresci e é de arrepiar. É muito bom. Aquele palco... quando subi, senti: ‘é aqui, é aqui que quero estar’”, concluiu.
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