A Associação Internacional de Surf (ISA) opõe-se à construção de uma nova torre de alumínio para os juízes das provas de surf nos Jogos Olímpicos Paris2024, na Polinésia Francesa, anunciou esta terça-feira a entidade, apontando para o impacto ambiental.

Depois de a atual estrutura, de madeira, que foi usada até agosto de 2023, ter sido considerada perigosa pela organização do evento, o Governo da Polinésia Francesa decidiu construir uma nova estrutura, em alumínio, mas as implicações sobre os recifes levantaram várias vozes contra o projeto, levando mesmo a uma adaptação da versão original para uma torre mais leve.

Ainda assim, a contestação em torno da nova torre continua, com a ISA a revelar, esta terça-feira, em comunicado, que sugeriu às autoridades polinésias e à organização dos Jogos Olímpicos Paris'2024 que a competição decorra na famosa onda de Teahupo'o sem recurso a qualquer torre.

"A proposta da ISA passa por avaliar a competição remotamente, com imagens ao vivo filmadas a partir da terra, da água e do ar, através de drones", lê-se no documento.

A entidade liderada pelo argentino Fernando Aguerre garantiu que continua "pronta para trabalhar com todas as partes em nome dos melhores interesses do desporto, do ambiente e da comunidade local".

Na sexta-feira, o governo da Polinésia Francesa decidiu construir uma "versão reduzida e menos impactante" da nova torre de juízes para as provas dos Jogos Olímpicos Paris'2024.

A decisão surgiu depois de as autoridades do território terem suspendido os ensaios para a construção da torre em Teahupo'o, na sequência de um incidente com uma barcaça, que danificou um recife de coral no local onde deverão decorrer as competições de surf de Paris'2024.

A próxima edição dos Jogos Olímpicos decorrerá entre 26 de julho e 11 de agosto de 2024.