O quinto lugar conquistado hoje na estafeta mista de Paris2024 deixa esperançosos os triatletas portugueses para os Jogos Olímpicos daqui a quatro anos, em Los Angeles.
Com um conjunto bastante jovem, Ricardo Batista, de 23 anos, Vasco Vilaça, de 24, Maria Tomé, de 23, e Melanie Santos, de 29 e única a competir pela segunda vez em Jogos Olímpicos, Portugal conseguiu hoje um excelente quinto lugar na estreia na estafeta mista, numa prova em que os lusos chegaram a sonhar com as medalhas.
“Mas são sonhos e os sonhos vão continuar, nós não vamos deixar de sonhar. Tenho a certeza absoluta que em Los Angeles, esteja lá eu ou esteja lá outra equipa, o triatlo português continua a sonhar”, garantiu Vasco Vilaça.
O quinto classificado na prova individual assegurou que “não houve detalhe nenhum” que tenha deixado Portugal fora das medalhas e que apenas é preciso mais trabalho.
“Não passa por um detalhe, passa por trabalho que vai demorar quatro anos a melhorar. Diria que um detalhe, no fim, é uma coisa que se calhar são 0,01 segundos e o tempo que nós tínhamos de diferença é tempo de trabalho, é tempo de trabalho de tudo, natação, de ciclismo, corrida, para melhorar e chegarmos, esperemos nós a Los Angeles ainda em melhores condições”, disse.
Ricardo Batista, sexto na prova individual, recordou que são uma equipa bastante jovem e que ainda têm muito para trabalhar para daqui a quatro anos, em Los Angeles, tentar fazer ainda melhor do que na capital francesa.
“Acho que nós somos todos atletas que acabámos agora de sair - bem praticamente todos - do escalão de juniores, a Melanie também, ela ainda é uma jovem. Portanto, acho que, nestes quatro anos, tudo aponta que vamos melhorar a nossa forma e por isso vamos também lutar por lugares melhores em Los Angeles”, declarou.
Maria Tomé disse esperar que esta prestação possa trazer mais jovens para a modalidade, que cresceu em Portugal muito por culpa de Vanessa Fernandes, que Vasco Vilaça assumiu ser o grande ídolo desta equipa, defendendo que sem a medalha de prata em Pequim2008 “não havia esta estafeta”.
“Vi depois da prova [individual], quando estive em casa, que ela própria tinha deixado umas palavras de agradecimento e que tinha ficado em lágrimas também. Acho que isso mexe muito connosco também e é muito bonito, porque ela é o nosso ídolo, não é? Não estamos nós à espera de nenhuma forma que ela se vá comover com o que nós fizemos e com o que estamos a fazer e é muito bonito ter esse apoio de volta do lado dela”, referiu Vilaça.
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