Os nadadores portugueses partiram hoje para os Jogos Olímpicos Paris2024 com a vontade comum de dar o seu melhor e desfrutar do evento, mas Diogo Ribeiro acredita na final e em bater a marca de Alexandre Yokochi.
Diogo Ribeiro (nos 50 metros livres, 100 metros livres e 100 metros mariposa), Camila Rebelo (nos 200 metros costas), Miguel Nascimento (nos 50 metros livres) e João Costa (nos 100 metros costas) são os representantes lusos na natação em Paris, juntamente com Angélica André, nas águas abertas.
“Não é fácil chegar ao topo, mas é mais fácil do que manter a posição lá. Há bastantes deslumbramentos e passei um pouco por isso depois do Mundial. Está tudo alinhado agora e acredito que vou melhorar os meus tempos. Acredito numa final, o que, para mim, já era extraordinário”, frisou o campeão mundial nos 50 e 100 metros mariposa.
O jovem atleta do Benfica, de 19 anos, tem em mente o sétimo lugar conquistado por Alexandre Yokochi em Los Angeles1984, ainda hoje a única final de um português na natação, mas também apontou a necessidade de compreender a experiência olímpica.
“É a primeira experiência olímpica e não sei o que vou apanhar. Quero perceber o que é o momento olímpico e a Aldeia, conhecer outros desportos e atletas. Eu quero dar o meu melhor, acima de tudo. Sem cabeça nas medalhas, até posso nem fazer uma final. Se melhorar os meus tempos, é um bom indicativo, mas depende dos outros”, realçou.
Desta forma, a única coisa que Diogo Ribeiro não quer é ir de férias depois dos Jogos e só estar a pensar no que devia ter feito melhor, pois significaria que não tinha dado o seu máximo, uma ideia corroborada por Camila Rebelo, recentemente campeã europeia.
“[O objetivo] Passa sempre por fazer recorde pessoal. Apesar de o ter feito há pouco tempo, acho que tenho margem de manobra para fazer melhor e isso pode trazer uma boa qualificação”, afirmou, mostrando-se tranquila e confiante com o trabalho feito.
A medalha de ouro no Campeonato da Europa, há pouco mais de um mês, aumentou a motivação para os primeiros Jogos Olímpicos, mas não trouxe maior responsabilidade.
“A natação portuguesa está a evoluir e a mostrar cada vez mais grandes resultados. Vai ser momento outra vez de podermos mostrar o que a natação pode também trazer a Portugal”, expressou a nadadora, de 21 anos, da Associação Louzan Natação/EFAPEL.
Miguel Nascimento, de 29 anos, andou perto de participar no Rio2016 e Tóquio2020, mas ficou ‘à porta’, chegando agora a oportunidade de alcançar o mais alto patamar, no qual também vai procurar o recorde pessoal e encarar cada fase “como uma final”.
“Estou a viver na pele um sonho. São três Jogos Olímpicos e 12 anos de espera, mas as coisas não acontecem por acaso. A prova é no dia de anos da minha filha, os meus pais vão ver a prova e está tudo reunido para poder fazer o meu melhor. Uma coisa é certa: independentemente do resultado, vou entregar tudo naqueles 50 metros”, assegurou.
Também João Costa quer, aos 22 anos, chegar a Paris e desfrutar da prova e do ambiente olímpico: “É uma prova em que não tenho de mostrar nada. Eu estou a aprender, sou muito novo e ainda posso fazer mais dois ou três Jogos Olímpicos, então é desfrutar”.
“Não estou muito preocupado com o resultado. Na minha cabeça, o resultado é sentir que dei 100%. Trabalhei com as melhores pessoas, sei que fiz um bom trabalho, estou preparado para a prova e, agora, é chegar lá e dar o máximo que eu tenho”, sublinhou.
As provas de natação realizam-se de sábado a 04 de agosto, na Arena Paris La Defense.
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