O Comité Olímpico Internacional (COI) acordou hoje com uma comissão de atletas um novo documento que define o que é ou não permitido aos participantes nos Jogos de Tóquio2020 relativamente a manifestações políticas.

Entre os comportamentos proibidos estão gestos com as mãos que tenham significado político, o desrespeito por cerimónias de entrega de medalhas ou ajoelhar-se durante o hino.

Numa reunião ocorrida hoje entre a direção do COI e uma comissão de atletas, as duas partes acordaram num novo documento, que tem como base a Regra 50 da Carta Olímpica, que proíbe quaisquer manifestações no campo desportivo.

A presidente da Comissão de Atletas do COI, Kirsty Coventry, reforçou a necessidade de “clareza” sobre regras e que atos levarão a punição durante os Jogos no Japão, entre 24 de julho e 09 de agosto.

“É um princípio fundamental que o desporto é um campo neutro e deve estar separado de interferências políticas, religiosas ou outras”, pode ler-se no novo documento, que põe a tónica em “celebrar o desempenho dos atletas”.

Apesar das restrições, qualquer atleta é livre de expressar opiniões políticas através da comunicação social ou de contas em redes sociais na Internet, com Coventry, uma antiga medalhada olímpica que é agora a ministra do Desporto do Zimbabué, a explicar que é “muito importante que todos se respeitem enquanto atletas”.