Depois de ter visto o anfitrião Japão e a China dominarem ao longo de duas semanas, a ‘Team USA’ materializou hoje o ‘assalto’ ao topo, servindo-se, tal como sucedera na véspera, das prestações nas modalidades de pavilhão, desta feita no setor feminino.
Tóquio2020 concedeu 339 títulos e os Estados Unidos venceram 39, contando ainda 41 pratas e 33 bronzes, para um total de 113 medalhas, contra 38 ouros em 88 pódios da China, segundo, 27 em 58 do Japão, terceiro, e 22 em 65 da Grã-Bretanha, quarto.
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Essa fasquia é mais modesta desde os 36 títulos ‘selados’ pelos norte-americanos em Pequim2008, a última edição em que falharam o topo do medalheiro, à qual também não será alheia a maior diversidade de sempre no somatório de delegações premiadas (93).
Numa visão global, a ‘Team USA’ dominou a tabela de medalhas pela 18.ª ocasião em 29 edições de Jogos Olímpicos e repetiu a vantagem tangencial relativamente aos anfitriões de Atenas1896 (11 contra 10 da Grécia) e Estocolmo1912 (25 contra 24 da Suécia).
Partindo hoje com menos dois ouros, a ultrapassagem à China começou a encaminhar-se com o expectável quarto pleno seguido no basquetebol, mercê do 55.º triunfo consecutivo da seleção feminina sobre o surpreendente Japão, por 90-75.
Se Sue Bird, de 40 anos, e Diana Taurasi, de 39, regressam a casa com um quinto ouro olímpico, os Estados Unidos alcançaram o nono título em 12 possíveis e já replicaram o ‘heptacampeonato’ exercido pela equipa masculina entre Berlim1936 e México1968.
Inédito foi o triunfo no torneio feminino de voleibol, com a ‘Team USA’, bronze há cinco anos, a reverter o desfecho das finais em Pequim2008 e Londres 2012 e impor-se ao Brasil, por 3-0, horas depois de a Sérvia ter assegurado o último lugar do pódio.
Perante o terceiro dia da China em ‘branco’ em Tóquio2020, os americanos arrebataram ainda a prova feminina de ‘omnium’ em ciclismo de pista, com Jennifer Valente a somar 124 pontos, à frente da japonesa Yumi Kajihara e da holandesa Kirsten Wild, enquanto Maria Martins concluiu a prestação de Portugal no sétimo posto e com direito a diploma.
Outra nação sem novos títulos foi o Japão, que já tinha rubricado o melhor desempenho de sempre em Jogos Olímpicos, ao passo que a Grã-Bretanha conseguiu descolar no limite da Rússia, que competiu sob bandeira do seu comité, no ciclismo e no pugilismo.
Aos 33 anos, Jason Kenny tornou-se o primeiro britânico a somar sete ouros olímpicos, aos quais junta igualmente duas pratas, depois de ter revalidado o estatuto no ‘keirin’ masculino, à frente do malaio Azizulhasni Awang e do holandês Harrie Lavreysen.
O nono ‘metal’ permitiu a Jason Kenny ser o britânico mais premiado de sempre em Olimpíadas, seguido pelos ciclistas Chris Hoy (seis ouros e uma prata), Bradley Wiggins (cinco ouros, uma prata e dois bronzes) e Laura Kenny (cinco ouros e uma prata).
Já a compatriota Lauren Price impôs-se no peso médio feminino (69-75 kg), sendo que o pugilismo também ‘coroou’ no dia de despedida a irlandesa Kellie Harrington quanto ao peso leve (57-60 kg), bem como o cubano Andy Cruz e o uzbeque Bakhodir Jalolov nas categorias masculinas de peso leve (57-63 kg) e peso pesado (+91 kg), respetivamente.
Depois de ter perdido no sábado a prova individual na ginástica rítmica, a representação russa deslizou no concurso geral por equipas, ao ser inferior aos 92.100 pontos somados pela Bulgária, com a Itália em terceiro, desfazendo uma hegemonia de duas décadas.
Fim de semana de sonho viveu a França, ao juntar ao título masculino no voleibol um inédito pleno no andebol, já que venceu a final feminina frente ao Comité Olímpico da Rússia, por 30-25, ‘vingando’ o desaire no Rio2016, tendo a Noruega fechado o pódio.
No ciclismo de pista, a canadiana Kelsey Mitchell sobrepôs-se à concorrência no ‘sprint’ feminino, deixado para trás a ucraniana Olena Starikova e Wai Sze Lee, de Hong Kong.
A derradeira decisão em Tóquio2020 incidiu na competição masculina de polo aquático, com a Sérvia a ‘bisar’ pela primeira vez como país independente, ao bater a Grécia, por 13-10, logo após a Hungria, recordista de troféus, com 17, ter consumado o bronze.
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