A entrada de um nono judoca português nos Jogos Olímpicos Tóquio2020 é um cenário que não está posto de parte pela Federação Portuguesa da modalidade, admitindo uma ‘repescagem’ de Rodrigo Lopes (-60 kg).
“Como se costuma dizer, até ao lavar dos cestos é a vindima. Está tudo em aberto até às listas finais”, considerou o presidente da Federação Portuguesa de judo (FPJ), Jorge Fernandes, admitindo que Rodrigo Lopes não está fora dos Jogos Olímpicos.
O judoca do Benfica, que compete em -60 kg, não conseguiu pontos suficientes para o ‘ranking’ nos Mundiais em Budapeste, que lhe dessem um apuramento através da designada quota continental, que atribui 13 vagas extra para judocas masculinos europeus.
Lugares que são ocupados pelos mais bem classificados imediatamente a seguir aos 18 apurados diretos de cada categoria – com exceção do país organizador -, em vagas que não podem repetir nacionalidades em cada categoria e na quota continental.
Rodrigo Lopes, que estava a seis lugares da última vaga continental antes dos mundiais e que tem uma diferença de 483 pontos para o último elegível, o polaco Piotr Kuczera, precisará sempre de contar com desistências nas listas finais, a serem comunicadas pelos Comités Nacionais.
Outra possibilidade admitida por Jorge Fernandes é a Federação Internacional de Judo convidar Portugal a colocar mais um judoca, tendo em conta que são nove as seleções a que ficou a faltar apenas um elemento para competirem em equipas mistas, sendo a portuguesa uma delas.
Os Jogos de Tóquio têm a novidade de estrear a competição por equipas, com três judocas masculinos e três femininos, mas apenas 11 países, além do Japão, cumprem esses critérios (Brasil, Canadá, França, Alemanha, Israel, Itália, Mongólia, Países Baixos, Coreia do Sul, Rússia e Uzbequistão).
“Menos de 16 [seleções] é pouco para uns Jogos Olímpicos”, defendeu Jorge Fernandes, acreditando que é possível a entrada de outras, por convite, o que poderia levar a uma ‘repescagem’ de Rodrigo Lopes.
Os recentes bons resultados do judo português também ajudariam nesse sentido, com o dirigente a lembrar que Portugal foi a segunda melhor seleção nos Europeus de Lisboa e a sexta nos Mundiais em Budapeste.
Nos Jogos Olímpicos de Tóquio2020, adiados para este ano devido à pandemia da covid-19, a competição de judo, em que Portugal conta com Catarina Costa (-48 kg), Joana Ramos (-52 kg), Telma Monteiro (-57 kg), Bárbara Timo (-70 kg), Patrícia Sampaio (-78 kg), Rochele Nunes (+78 kg), Anri Egutidze (-81 kg) e Jorge Fonseca (-100 kg), decorrerá de 24 a 31 de julho, no Nippon Budokan, com a discussão de duas categorias, uma masculina e uma feminina, por dia.
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