O dia na Missão olímpica portuguesa em Londres começou com o anúncio da desistência, em cima da hora e por e-mail, da velejadora Carolina Borges Mendelblatt, que ia fazer a sua estreia nessa manhã em RS:X.
Em declarações ao jornal A Bola, a atleta luso-brasileira explicou que está grávida, algo que a Comitiva desconhecia, e que solicitou a acreditação para um treinador, que nunca foi concedida pela Missão. Tudo junto levou ao abandonou do projeto.
«Toda a gente da equipa de vela teve direito a trazer um treinador. Eu pedi acreditação para o meu, mas não foi concedida, antes entregue a um fisioterapeuta», começou por dizer Carolina Borges Mendelblatt, que explicou porque razão tomou a decisão em cima da hora, já que esta era uma situação antiga.
«Estou grávida de três meses e o campo de regatas da classe [RS:X prancha à vela] seria longe, logo muito perigoso para mim. Nas pranchas à vela não dá para levar nada connosco, é preciso um barco de apoio. Aliás, todo o apoio falhou. Fui adiante com a decisão de não competir por não ter ajudas. Confesso que fiquei com medo de ir para longe em regata e ficar numa situação que me colocasse em perigo. Tinha de tomar uma decisão médica», contou.
A gravidez, segundo a própria, não era do conhecimento da Federação de Vela ou da Missão olímpica.
«Este não é um problema deles, não têm de saber», começou por dize. «Se tivesse tido o apoio de um treinador as coisas teriam sido diferentes e já arriscaria competir».
Porém, além do problema da gravidez, Carolina reclama os apoios monetários que nunca chegaram e aos quais tem direito como atleta do projeto olímpico. «Nunca recebi os subsídios a que tinha direito. Aliás, nunca tive apoio nenhum. Nem financeiro, nem moral.
Com o marido a competir em Star, o norte-americano Mark Mendelblatt, Carolina vai-se manter nos Jogos Olímpicos e confidencia que a comitiva do Estados Unidos se disponibilizou a arranjar-lhe um treinador.
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