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O selecionador de judo feminino comentou os cortes das bolsas que têm em vista a preparação para os Jogos de 2016.
O selecionador português de judo feminino disse, esta sexta-feira, que o presidente do Comité Olímpico de Portugal, Vicente Moura, transmitiu tranquilidade no âmbito dos cortes das bolsas que têm em vista a preparação para os Jogos de 2016.
Em declarações à imprensa, pouco depois de aterrar no aeroporto de Lisboa, Rui Rosa lembrou que o propalado «corte» nas bolsas olímpicas é normal e que «todos os atletas e todas as federações sabem que no final dos Jogos acabam».
«Quando estava a viajar para Lisboa recebi uma chamada do comandante Vicente Moura, que me pediu para dizer aos atletas para estarem descansados. Quem faz a avaliação das bolsas olímpicas é o Comité Olímpico. Quando terminarem os Jogos, como todos os quatro anos, vai fazer uma avaliação do trabalho dos atletas e vai dizer quem vai ficar ou vai ficar de fora», sustentou.
No judo, Portugal saiu dos Jogos Olímpicos sem qualquer registo positivo, apesar das esperanças depositadas em Telma Monteiro, que não regressou hoje a Lisboa, João Pina, Joana Ramos e Yahima Ramirez, situação que «obriga» a uma reformulação na distribuição das bolsas olímpicas.
João Pina preferiu não comentar esta situação, contudo Joana Freitas considera a decisão perfeitamente normal, uma vez que os objetivos não foram atingidos.
«Há uma cláusula no contrato que prevê a renovação automática caso cheguemos ao sétimo lugar ou mais além nos Jogos Olímpicos. Uma vez que isso não aconteceu, há a resolução do contrato, como é evidente», disse a judoca, que competiu na categoria de -52 kg.
Para Joana Ramos foi importante o «judo português ter estado nos Jogos Olímpicos» e só o conseguiu porque foram «ganhas muitas medalhas para poder estar presente» em Londres.
«Temos de ter muita humildade e perceber que são os Jogos Olímpicos. Os 14 melhores estão lá a competir. Na minha categoria, as oito primeiras do `ranking´ caíram no segundo combate, assim como eu. Temos é de nos orgulharmos do trabalho que fizemos até aqui, erguer a cabeça e aceitar a derrota com humildade para saber seguir em frente. Estou cá para lutar muito mais por Portugal», garantiu.
Na mesma linha, Yahima Ramirez, de origem cubana, mostrou-se satisfeita por ter cumprido parte de um sonho, ao marcar presença nos Jogos Olímpicos, e espera marcar presença no Rio de Janeiro em 2016.
«Vou agora de férias e espero voltar com mais força e mais vontade para preparar o novo quadriénio para os Jogos de 2016. Esperemos que se concretize as nossas expetativas para poder alcançar um resultado melhor. Nenhum de nós ficou contente com o resultado em Londres. Cumpri o sonho de uma vida, mas não consegui uma medalha. Pode ser que a consiga no futuro», concluiu.
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