O treinador de andebol da Noruega, Jonas Wille, disse hoje que espera domingo um jogo equilibrado frente a Portugal, “com 50 por cento de hipótese para cada lado”, no ‘fecho’ do Grupo E da fase preliminar do Mundial.

“Estamos prontos. O jogo com os Estados Unidos foi muito importante para nós [vitória 33-17], pois permitiu restabelecer a confiança na equipa, após a derrota na estreia com o Brasil (26-29)”, disse à agência Lusa Jonas Wille.

Portugal lidera invicto o Grupo E, a decorrer em Oslo, com quatro pontos, seguido da Noruega e do Brasil, com dois, e dos Estados Unidos, ainda a branco, e confirmado o apuramento para a ‘main round’ (fase principal) em jogo está agora a passagem com a pontuação máxima.

O treinador norueguês antevê um jogo equilibrado, entre duas seleções que se conhecem bem e que se defrontaram por duas vezes no último ano, com Portugal a vencer no Euro2024 (37-32) e a Noruega no torneio pré-olímpico de qualificação para Paris2024 (32-28).

Ainda de acordo com o treinador Jona Wille, “Portugal é o adversário mais difícil do grupo, vem de duas vitórias moralizadoras e vai fazer todo o possível para passar à fase seguinte com o máximo de pontos”, algo que a Noruega já não consegue.

O guarda-redes do Sporting André Kristensen é um rosto conhecido na Noruega e que irá defrontar pela primeira vez os seus colegas de equipa Salvador Salvador, os irmãos Francisco e Martim Costa, João Gomes, Pedro Portela e Diogo Branquinho.

“Vai ser engraçado jogar contra eles, mas não acho que haja vantagem pelo facto de nos conhecermos. Não acho que isso seja vantajoso e se fosse era para ambos os lados. Eu conheço-os, mas eles também me conhecem”, disse o guarda-redes André Kristensen.

Coorganizadora de um Mundial masculino pela primeira vez na história, juntamente com a Croácia e a Dinamarca, a Noruega é uma das seleções favoritas na corrida pelas medalhas e em vantagem pelo apoio em massa dos seus fervorosos adeptos.

A Noruega, que conquistou a medalha de prata em 2017 e 2019, em finais perdidas para a França e a Dinamarca, respetivamente, procura regressar em casa a um lugar no pódio, depois de ter terminado em sexto nas duas últimas edições (2021 e 2023).

A estrela da companhia norueguesa é o lateral Sander Sagosen, de 29 anos, que sofreu várias lesões nos últimos dois anos e está ainda a recuperar a melhor forma, como ficou patente nos jogos com o Brasil (três golos) e Estados Unidos (um).

A Noruega, apesar de ter entrado na competição como favorita a passar o Grupo E em primeiro lugar, devido ao estatuto de anfitriã e ao saldo favorável com as restantes seleções, acabou por perder pontos surpreendentemente frente ao Brasil.

A única vez que se defrontaram em fases finais de campeonatos do Mundo aconteceu em 2021, no Egito, no regresso de Portugal à competição, após quase duas décadas de ausência, e os noruegueses venceram por 29-28 na ‘main round’.