O diretor-executivo (CEO) da Sport Integrity Global Alliance (SIGA), Emanuel Macedo de Medeiros, defendeu hoje que o desporto se deve “reformar a si próprio” para ajudar na reconstrução da economia após a crise provocada pela COVID-19.
“O desporto, por muitos considerado uma escola de virtudes, tem de dar demonstração cabal de que é capaz de se reformar a si próprio primeiro, adotando as melhores práticas, reformando-se, para que possam também servir a sociedade e a economia global. É este o desafio que se impõe”, afirmou.
O responsável pela SIGA falava hoje em Ponta Delgada no âmbito da assinatura de um protocolo entre a organização e a Associação de Futebol daquela cidade.
Emanuel Macedo de Medeiros, atual diretor-executivo (CEO) da Sport Integrity Global Alliance (SIGA), foi CEO da Ligas Europeias entre 01 de abril de 2014 e 20 de julho de 2018.
Macedo de Medeiros enalteceu a importância que o desporto pode ter na reconstrução da economia, devido à crise provocada pela pandemia da COVID-19.
“Temos que perceber o papel do desporto numa sociedade como a nossa que está a atravessar a maior crise sanitária, económica, social de sempre. É uma crise cujo fim ainda não está à vista”, afirmou.
Questionado sobre o caso de Luís Filipe Vieira, o CEO da SIGA disse ser necessário existir “coragem” para enfrentar os “problemas” da falta de integridade.
“A integridade é algo que é desafiado todos os dias, não é apenas no futebol, mas na vida em geral. Nos negócios, na política, na gestão da coisa pública, na comunicação social e também no desporto”, afirmou.
E acrescentou: “Ninguém ouse pensar que existe um setor que pode escapar ao escrutínio, seja da justiça ou seja da sociedade. Porque hoje o que se exige na gestão de um clube, na gestão de uma empresa, na gestão de uma autarquia é isso: integridade.”
Macedo de Medeiros realçou, contudo, não querer aprofundar o tema relacionado com Luís Filipe Vieira.
“Se pretende saber a minha opinião sobre o que se está passar com o presidente do Benfica e essas questões conexas, eu pedia-lhe que esperasse por outra altura”, ressalvou.
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