Os Jogos Europeus Universitários terminaram hoje em Coimbra, com o secretário-geral da organização, Mário Santos, a fazer “um balanço positivo em várias vertentes” e a exaltar o legado deixado, das infraestruturas ao reforço da importância do desporto.
“O balanço que fazemos é positivo em várias vertentes, como a competitiva, e acima de tudo aquilo que pode ser o legado dos Jogos: as infraestruturas e do papel do desporto e atividade física na universidade. É uma janela de oportunidade que o desporto universitário teve”, explicou à Lusa o secretário-geral dos Jogos.
A “capacidade organizativa” foi outra das características que destacou, reforçando as condições deixadas “para que a prática desportiva em Coimbra seja melhor”, depois de a Universidade de Coimbra ter conquistado o primeiro lugar do medalheiro.
“Conseguimos muitas medalhas com atletas a combinarem a carreira desportiva e a vida académica, o que prova que há excelência nos dois lados”, destacou, apontando ainda para a envolvência de alunos na organização, como efetivos ou voluntários.
Portugal conquistou um total de 14 medalhas na prova, quatro no remo, seis na canoagem, duas no judo e outras duas no futsal, com a equipa da casa a somar 10 ‘metais’.
Assim, foi “importante ter-se desenhado um modelo no qual os estudantes tiveram papel muito ativo na organização do evento, mostrando que existe capacidade e vontade, e lugar à mobilização e à cidadania”, referiu.
Segundo Mário Santos, “mais de 95% das pessoas envolvidas na organização são recém-licenciados ou estudantes”, o que também contribuiu para criar um evento em que “foram postas em prática algumas boas práticas internacionais a que muitas vezes se apela em congressos e seminários, mas nem sempre se aplica”.
Os Jogos foram “um teste difícil, mas que não existem grande dúvidas que foi superado”, e uma “oportunidade aproveitada de fazer um evento financeiramente equilibrado” e no qual se correram “alguns riscos” que acabaram por compensar.
“Conseguimos dar resposta em todos desafios, num evento desenhado para quem tem enorme capacidade de alojamento, com vilas olímpicas ou residências. É um sinal de que soubemos encontrar soluções”, apontou.
O secretário-geral reforçou ainda a importância de “dar uma resposta sem criar elefantes brancos que sejam um encargo para o erário público durante décadas”, organizando antes “um evento equilibrado, com a reabilitação de instalações desportivas e com a envolvência dos estudantes”.
Para Mário Santos, a importância da competição vê-se em Coimbra no renovado Estádio Universitário, a face mais visível em relação aos trabalhos de reabilitação em várias infraestruturas desportivas, mostrando que o evento deixa a cidade “sem encargos para o futuro, antes investimento em equipamentos que terão utilização diária”.
A quarta edição dos Jogos Europeus Universitários terminou este sábado após uma cerimónia de encerramento no Estádio Universitário de Coimbra, com a participação de cerca de 4.500 atletas – a sua maioria campeões nacionais universitários nas 13 modalidades em competição, entre eles cerca de 450 portugueses -, de 295 universidades de 40 países.
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