A portuguesa Liliana Cá avançou na segunda-feira para a final do lançamento do disco dos campeonatos do mundo de atletismo, em Eugene, nos Estados Unidos, com a 11.ª marca da qualificação, enquanto Irina Rodrigues foi eliminada.
Liliana Cá foi a terceira repescada para a final, a disputar na quarta-feira, a partir das 18:30 locais (02:30 de quinta em Lisboa), com os 61,41 metros do seu segundo arremesso, depois de um nulo, tendo fechado o concurso com 61,01.
“Quero melhorar na final e ficar entre as oito primeiras”, afirmou a lançadora natural do Barreiro, de 35 anos, após terminar o Grupo A, vencido pela norte-americana Valarie Allmana, com 68,36, no terceiro lançamento, depois de dois nulos.
Cá, quinta em Tóquio2020, que ocupa a mesma posição no ‘ranking’ mundial, com 63,62 metros como melhor marca do ano – longe do seu recorde nacional de 66,40 – não apreciou o seu desempenho.
“Não gostei muito. Há dias bons, dias maus e este nem foi muito bom, nem muito mau. Ficar para a final era o objetivo, apesar de a minha época ter começado um bocado tarde”, ressalvou, acrescentando ter tentado um “segundo lançamento mais controlado, para tentar arriscar um pouco no terceiro”.
No Grupo B, Irina Rodrigues, de 31 anos e 31.ª posto da hierarquia mundial, com 62,08 este ano e melhor marca pessoal de 63,96, terminou a competição em Eugene2022 no 23.º lugar, com um arremesso a 57,69.
“Senti que podia ter feito um pouco melhor, mas tenho de aprimorar a minha técnica para Munique [onde vão ser disputados os Europeus, entre 15 e 25 de agosto]. Acredito que lá vou estar melhor. Era um palco grande, não estava ansiosa, mas estava a fazer muita força para o disco andar e, sem ser desculpa, no terceiro dei mais força e o disco começou a cair (…); fiquei com um bocadinho de raiva, mas é assim”, explicou a lançadora natural de Leiria.
Irina Rodrigues terminou o concurso com a marca obtida no terceiro arremesso, depois de ter lançando a 56,79 e 54,89, ficando a cerca de três metros e meio da última repescada para a final, a francesa Melina Robert-Michon, que na segunda-feira celebrou 43 anos.
“Não foi, de todo o melhor do meu ano, mas não estou triste, porque acho que consigo fazer melhor no futuro e porque fiz o meu quinto ano de medicina, e ainda vim aos campeonatos do mundo, nos Estados Unidos”, realçou a lançadora do Sporting, assegurando ter “força e coragem para trabalhar por melhores lugares”.
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