O atleta Nélson Évora mostrou-se hoje satisfeito por ter contrariado as estatísticas que não o davam como favorito devido aos seus 33 anos, ao ganhar a medalha de bronze no triplo salto nos Mundiais de atletismo, em Londres.
"É sempre um orgulho representar nossa seleção, dou sempre o meu melhor e tento trazer uma medalha. Contra tudo, contra todos, contra as estatísticas, consegui contrariar tudo", vincou.
O antigo campeão lembrou que, de todos os concorrentes, foi o que menos competiu antes desta prova.
"Mas o que interessava aqui era ganhar uma medalha, fico contente por mim, fico contente por Portugal e espero que os portugueses tenham ficado felizes com esta medalha", comentou.
O atleta confessou que tinha esperança de surpreender os rivais na final do triplo salto dos Campeonatos Mundiais de atletismo, em Londres, onde conquistou a medalha de bronze, com uma marca de 17,19 metros.
"Foi uma competição boa, eles provaram o favoritismo que tinham, saltaram bem. As pessoas esperavam os 18 metros", disse na conferência de imprensa dos três vencedores.
Para o saltador português, "foi uma competição um pouco estranha, difícil", mas também com um desfecho esperado.
"Para mim foi esta previsão, eu esperava surpreendê-los, o sénior aos mais novos. Fica para a próxima", avisou Nélson Évora.
Christian Taylor, o vencedor da medalha de ouro, com 17,68, elogiou o português, a quem mantém respeito.
"Ele é um campeão olímpico. Tenho-lhe muito respeito, ele sabe como lutar. A idade é um número, tenho respeito por todos os meus competidores", afirmou o norte-americano.
Também Will Claye, medalha de prata, com 17,63, reconheceu a admiração pelo português: "Aprendi a saltar a vê-lo saltar em 2008. Ele merece aplausos por continuar a testar os limites"
Évora disse que entrou "bastante confiante na prova", mas a falta de ritmo competitivo pesou no seu desempenho.
"É sempre uma honra ser um dos mais medalhados, mas gostava que fosse uma medalha mais brilhante do que esta", disse, com um sorriso.
O português garantiu sentir-se "tão bem como há 10 anos atrás", quando foi campeão mundial em Osaca2007.
"Mas nessa altura fiz 10 competições antes do campeonato do mundo", explicou, lembrando que só competiu em quatro provas esta época.
"Mas, sem faltar respeito aos meus rivais, vou continuar a trabalhar para ganhar uma medalha [melhor] até conseguir", prometeu
Esta foi a quarta medalha de Nelson Évora em Mundiais, repetindo o bronze de há dois anos, em Pequim, depois de ter sido campeão em 2007 e medalha de prata em 2009.
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