Nelson Évora classificou-se hoje na segunda posição do triplo salto dos Campeonatos de Portugal de atletismo, com um dos piores registos da sua carreira, abaixo dos 16 metros, mas continua apostado em participar nos Jogos Olímpicos Tóquio2020.
Na Maia, o campeão olímpico de 2008 ficou-se pelos 15,93 metros, numa prova conquistada por Tiago Pereira com 16,23, enquanto Pedro Pichardo, que estava inscrito, acabou por não competir.
Em termos de apuramento olímpico, tudo se manteve igual: Pichardo já tem os mínimos atingidos, enquanto Évora e Pereira estão dentro da lista de atletas a serem repescados por 'ranking'.
A posição de Nelson Évora no 'ranking' continua confortável, mas é feita com resultados de 2018 e 2019, nomeadamente o título de campeão europeu, em Berlim2018.
Aos 37 anos, o mais medalhado dos atletas lusos ainda em atividade prescindiu este ano da época de inverno e começou apenas há duas semanas, em Alicante, no Nacional de Clubes de Espanha, com 14,76 metros.
Apesar de progredir mais de um metro, a marca de hoje coloca-o como distante terceiro português do ano, depois de Pichardo (17,69) e Pereira (16,97).
Desde 2002, quando ainda era júnior, que Évora não saltava tão pouco, o que não tem impedido de apontar como objetivo a quarta participação olímpica (desde 2004, só esteve ausente em 2012).
"Apesar de já há muitos meses estar a preparar-me para os Jogos Olímpicos, esta semana começa oficialmente a minha época desportiva", escreveu nas redes sociais, em véspera da prova de Alicante, reforçando que é a época que vai anteceder "a última participação olímpica".
Hoje, escreveu: "O grande desafio deste ano será Tóquio. Cada treino que faço coloca-me mais perto deste objetivo".
"Como tem sido sempre a minha postura, vou levar para Tóquio o sorriso, a leveza e a boa disposição de quem sempre lutou para honrar o nome de Portugal por este mundo", acrescentou.
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