“Um dia incrível que não podia prever. A época passada foi muito gloriosa enquanto júnior de último ano então tinha algum receio para esta mudança de escalão”, admitiu o atleta, em declarações à RTP.
O desportista nascido em França e residente em Alhandra cumpriu os 1.000 metros de natação, 26,2 de ciclismo e sete de corrida em 2:09.13 horas, batendo os franceses Jules Dumas e Luuk Chambeyron por 2.31 e 6.46 minutos, respetivamente.
“A prova em si foi muito interessante, tive que gerir muito bem o meu esforço para não quebrar nas últimas voltas de bicicleta, sabendo que a corrida era ela também muito exigente”, disse o especialista em ciclismo, depois de deixar para trás o quinteto que seguia no comando.
Os primeiros 1.000 metros da natação foram geridos “sem grande stress”, enquanto na corrida final assumiu a “surpresa pelas primeiras sensações” que teve quando pousou a bicicleta.
“Eram melhores que todas as outras que tinha vindo a sentir antes. A corrida era dividida em duas voltas o que me ajudou imenso para poder controlar os outros adversários”, reconheceu.
O estudante de manutenção de aeronaves garante que “nunca” vai esquecer este título mundial logo no primeiro ano de sub-23, assumindo que é “prometedor” para a sua carreira, contudo, sem esquecer “todo o trabalho que resta fazer” para se manter na elite internacional.
“Correr a reta da meta com a fita de vencedor no final à nossa espera é um momento fantástico, sem dúvida valeu a pena todos os sacrifícios que tenho vindo a fazer. Para completar esta vitória em sub-23 também me classifiquei em sétimo na geral com os Elites”, concluiu.
Em 2021, o português foi campeão da Europa e do Mundo júnior de triatlo crosse, vertente em que o ciclismo e a corrida são feitos por trilhos e em percursos sinuosos.
No seu currículo há ainda o título europeu júnior de duatlo e o campeonato europeu de estafetas mistas em triatlo.
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